O Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), da Polícia Civil do Paraná, interditou 16 academias de musculação na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) nesta segunda-feira (19). A operação aconteceu nos períodos da manhã e da tarde, com o apoio da Vigilância Sanitária e do Conselho Regional de Educação Física (CREF-PR).
Segundo a delegada titular do Nucrisa, Sâmia Coser, durante a ação, cinco pessoas foram presas, sendo uma em flagrante por crime contra o consumidor, pois vendia suplementos sem autorização, e quatro pro exercício irregular da profissão. Para orientar os frequentadores, os profissionais precisam ser formados em Educação Física, o que nestes locais não acontecia.
"Vimos profissionais sem qualquer qualificação trabalhando, locais sem registro no CREF ou na prefeitura e sem licença na Vigilância. (A operação) foi um pedido do CREF, que tinha dificuldade em fiscalizar o funcionamento dos lugares, pois os proprietários muitas vezes não permitiam a entrada", explicou.
De acordo a delegada, as ações são uma continuação da Operação Narciso, que iniciou para coibir e conscientizar as pessoas sobre o uso de anabolizantes. "Felizmente, a gente percebeu que, pelo menos nos locais de acesso e dentro das academias, essa prática não existe mais. O que pode acontecer é estar dentro do armário ou na mochila de alguém", contou.
Ela disse que, agora, a intenção é chamar a atenção da população sobre o assunto, para que, ao perceber a gravidade, as pessoas comecem a denunciar mais. "Com a denúncia, a gente pode fazer uma investigação em cima do fato específico", explicou.
Números - No total, a operação vistoriou 24 academias. Pela manhã, das 13 visitadas, localizadas em Colombo e Araucária, oito foram interditadas. Houve ainda o registro de 20 infrações pelo CREF-PR, como registros irregulares, e 18 pela Vigilância.
Já no período da tarde, foram vistoriadas 11 academias, em Fazenda Rio Grande, Pinhais e São José dos Pinhais, das quais oito foram interditadas. Ao todo, o grupo lavrou 15 infrações administrativas, por irregularidades junto ao CREF-PR, e 13 sanitárias.
O Nucrisa informou que, caso haja necessidade e, conforme surjam denúncias, novas operações como a de ontem podem ser desencadeadas, inclusive em outros municípios paranaenses.