A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta quarta-feira o fim dos testes sorológicos para diagnosticar a tuberculose, já que demonstraram ser imprecisos na detecção de um em cada dois casos.
O diretor do departamento para tuberculose da OMS, Mario Raviglione, explicou em Genebra que o uso destes testes é amplamente difundido nos países em desenvolvimento, que contam com sistemas públicos de saúde muito precários e obrigam os cidadãos a recorrer com frequência a médicos particulares.
Segundo Raviglione, não há nenhum sistema público de saúde que recorra a este tipo de testes para o diagnóstico da tuberculose, doença que mata 1,7 milhão de pessoas a cada ano e afeta especialmente os infectados pelo vírus da Aids (HIV).
Nos casos de falso negativo, as pessoas não recebem tratamento e podem contaminar outros indivíduos e acabar morrendo. Já nos casos de falso positivo, os pacientes recebem um tratamento que não precisam e que pode causar graves consequências para a saúde, além da despesa desnecessária que acarreta (com agência EFE).