Corpo & Mente

Obesidade já custa R$ 110 bilhões aos cofres públicos no Brasil

20 nov 2014 às 15:33

A obesidade custa 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo um estudo internacional conduzido pelo McKinsey Global Institute, que mostra o aumento dos gastos no combate ao problema no mundo.

O custo equivale a R$ 110 bilhões, considerando o PIB - a soma de todas as riquezas produzidas em um país - brasileiro em 2013 (R$ 4,8 trilhões). A obesidade mundial já consome 2,8% de toda a riqueza produzida, segundo pesquisadores, isso equivale a R$ 5,2 trilhões dos cofres governamentais.


O custo mundial da obesidade é quase o mesmo de doenças decorrentes do fumo ou perdas em consequência de conflitos armados - e tão relevante quanto o alcoolismo e as mudanças climáticas. No Brasil, a obesidade é o terceiro de uma lista de problemas de saúde pública que mais pesam na economia, atrás de mortes violentas e alcoolismo, mas na frente de tabagismo.
De acordo com a McKinsey, 2,1 bilhões de pessoas - cerca de 30 % da população do mundo - estão acima do peso ou obesos.


A McKinsey afirma que em 2030, cerca de 50% da população poderá ser classificada como obesa, um percentual que o Brasil já atingiu. Levantamento do Ministério da Saúde revela que 51% da população brasileira está acima do peso.


Pedágio


O relatório afirma que existe um crescente "pedágio econômico" decorrente da obesidade: os custos financeiros impactam não apenas o setor de saúde pública, mas se distribuem amplamente na economia. Ao provocar doenças, por exemplo, a obesidade diminui os dias úteis e afeta a produção.


Os pesquisadores argumentaram por uma série de políticas ambiciosas e sistêmicas. De acordo com os pesquisadores, a resposta ao problema não pode vir apenas de iniciativas individuais. Entre as sugestões contempladas no relatório estão o controle das porções de alguns alimentos embalados e a legislação adequada da indústria de fast food e alimentos processados.


O estudo afirma que estas medidas são mais eficazes do que impostos sobre alimentos ricos em gordura e açúcar, ou campanhas de saúde pública. Também foram considerados programas de controle de peso e de exercícios no ambiente de trabalho. O relatório pede "uma estratégia de escala" para uma realidade "que está alcançando proporções de crise".


Uma pessoa é considerada obesa se tiver excesso de peso combinado a um elevado grau de gordura corporal. A maneira mais comum para avaliar se uma pessoa é obesa é verificar seu índice de massa corporal (IMC), que divide o peso em quilos pela altura em metros ao quadrado.


Um IMC acima de 25 significa excesso de peso. Um IMC de 30 a 40 equivale a obesidade. Indivíduos com IMC acima de 40 são considerados muito obesos. Na mão oposta, um IMC menor que 18,5 significa abaixo do peso ideal.

(Fonte: bbc)


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