Aumentou em 7,9% o número de mulheres que fizeram o exame de mamografia. O dado foi revelado pela pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) feita com mulheres das capitais brasileiras e do Distrito federal. Em 2006, 71,1% das mulheres com idade entre 50 e 69 anos afirmaram ter se submetido ao exame. Em 2013, o percentual subiu para 78%.
Esse crescimento pode ser atribuído, também, à ampliação dos investimentos, gerando um maior acesso ao exame que detecta precocemente o câncer de mama. É o que afirma a coordenadora-geral de Atenção à Pessoa com Doenças Crônicas do Ministério da Saúde, Patrícia Sampaio Chueiri. "Faz já alguns anos que o Ministério vem ampliando a política de financiamento da mamografia, assim como o financiamento de mamógrafos no País. Esse aumento é o reflexo dessa política que se iniciou alguns anos atrás", explica Patrícia.
O Sistema Único de Saúde (SUS) garante a oferta gratuita de exame de mamografia para as mulheres brasileiras em todas as faixas etárias. A faixa dos 50 aos 69 anos é definida como público prioritário para a realização do exame preventivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e seguida pelo Ministério da Saúde baseado em estudos que comprovam maior incidência da doença e maior eficiência do exame.
"A mamografia é um das tecnologias que pode contribuir no enfrentamento ao câncer de mama e no tratamento precoce, gerando melhores resultados para a saúde das mulheres. Pois quando detectado precocemente, o câncer de mama tem grandes chances de cura", argumenta Esther Vilela, coordenadora da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde.
A pesquisa Vigitel 2013 mostrou, ainda, que a escolaridade das mulheres se mostrou um fator determinante à realização do exame de mamografia. O percentual de entrevistadas com mais de 12 anos de estudo que fizeram a mamografia foi 88,3% e entre aquelas que estudaram até oito anos, a proporção ficou em 72,9%.
Acesso
De 2010 a 2013, o investimento do governo federal em oncologia disparou de 47% - de R$ 1,9 bilhão para R$ 2,8 bilhões.
Para ampliar ainda mais o acesso ao tratamento do câncer no País, o Ministério da Saúde pretende criar, até final de 2014, 41 novos centros de radioterapia em todas as regiões, especialmente no interior do Brasil. Além da ampliação de 39 serviços existentes.
Investimentos
O Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, criado em 2011, investirá R$ 4,5 bilhões de 2011 a 2014 no diagnóstico precoce, tratamento e ampliação da rede de assistência aos pacientes com câncer.