O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou nesta segunda-feira (16) que o aperfeiçoamento dos sistemas de informação sobre a aplicação dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) é a "primeira grande prioridade" da sua gestão. A estratégia busca qualificar a utilização do orçamento da saúde nas três esferas de gestão, dar maior transparência aos gastos e promover o investimento em áreas mais sensíveis da atenção à saúde.
A intensificação do uso dos sistemas de controle de gastos é uma das 11 ações prioritárias para a Saúde do Governo Federal. Para o ministro, o objetivo é saber "como é gasto cada centavo no SUS". "A gestão da informação vai permitir tratar com clareza e transparência quanto e onde é utilizado na saúde os R$ 110 bilhões do governo federal, R$ 70 bilhões dos estados e R$ 60 bilhões dos municípios", argumenta.
As estratégias do Ministério da Saúde foram apresentadas durante a primeira agenda oficial do ministro em São Paulo (SP). Barros visitou a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e, em seguida, se reuniu com o Conselho Deliberativo do Hospital das Clínicas, localizado no campus. O ministro também esteve com o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Davi Uip.
Barros planeja percorrer todos os estados brasileiros nos próximos dois meses e articular uma mobilização nacional para promover uma melhor gestão dos recursos do SUS. "Precisamos ter essa informação qualificada para encontrar as áreas de excelência e, entre essas áreas, identificar as boas práticas", ressalta.
A uma plateia de especialistas e gestores em saúde, o ministro enumerou as ações prioritárias da gestão, destacando a manutenção de compromissos e o empenho para a organização do financiamento dos serviços, especialmente nas redes de assistência. Entre essas ações, Barros ressaltou a necessidade de identificar mecanismos para ajustar o financiamento de estratégias regionais, possibilitando colocar em funcionamento estruturas de UPA e UBS já concluídas, além de ambulâncias do SAMU.
Soma-se à ampliação da estrutura e da oferta de atenção à saúde disponível para a população, a intenção do ministro de estreitar a relação com os gestores locais para mantê-los em ação permanente no combate a endemias, especialmente ao Aedes aegypti. Outro tema em destaque é atender a reivindicação da Confederação Nacional dos Municípios para a permanência de incentivos para a atuação de profissionais do programa Mais Médicos. "Nas últimas chamadas do Mais Médicos, só brasileiros se qualificaram e, portanto, podemos continuar o avanço nesta solução de incentivo à participação de brasileiros no programa".
OLIMPÍADAS – O ministro reforçou que estão garantidos os investimentos do Ministério da Saúde para o fortalecimento da rede de urgência e emergência e dos hospitais para as Olimpíadas do Rio de Janeiro. A pasta assumiu a destinação de 146 ambulâncias para os Jogos e as Paralimpíadas, além da disponibilização de 130 leitos de retaguarda nos hospitais federais e institutos do Rio de Janeiro, sendo 62 clínicos, 58 cirúrgicos, quatro coronarianas e seis pediátricos.
Além disso, estão sendo contratados 2.493 profissionais de saúde temporários, entre médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e outras áreas para a rede federal de saúde no estado. Esses profissionais apoiarão o atendimento prestado à população durante os Jogos.