A empresa farmacêutica GW desenvolveu um medicamento à base de maconha para tratar crianças com um tipo raro de epilepsia e tem gerado muitos resultados positivos. O laboratório espera confirmar os benefícios terapêuticos do medicamento que possui moléculas derivadas da maconha.
De acordo com a reportagem do G1, o teste foi feito com 120 pessoas e o resultado foi surpreendente: o número de convulsões foi reduzidas para 39%. Os pacientes que foram tratados com placebo tiveram diminuição de apenas 13%, segundo a GW.
O resultado obtido gerou otimismo em relação à venda da droga, com as ações subindo até 125% em Londres.
"Isso mostra que canabinoides podem produzir dados clinicamente importantes e convincentes, e representa uma nova classe de medicamentos altamente importantes, talvez para uma variedade de problemas", afirmou Justin Gover, CEO da empresa.
Atualmente, não há terapia para a síndrome de Dravet aprovada pela FDA (agência de vigilância sanitária dos EUA).
O Epidolex passa atualmente também por um teste para outro tipo raro de epilepsia chamado síndrome de Lennox-Gastaut, que deve ser concluído neste ano. Testes contra outro tipo de epilepsia, a esclerose tuberosa também estão previstos.
A GW tem o objetivo de capitalizar os benefícios médicos da Cannabis, purificando ingredientes ativos para evitar efeitos psicoativos, ou seja, sem dar "barato".
Seu tratamento para esclerose múltipla, o Sativex, que é borrifado sob a língua e distribuído por parceiros de mercado, já conseguiu aprovação regulatória em mais de 20 países, apesar de não ter entrado nos EUA ainda.
(com informações do site Notícias ao Minuto)