O terceiro Levantamento de Índice do mosquito Aedes aegypti de 2014, o LIRA, divulgado nesta segunda-feira (8), pela Secretaria de Saúde, aponta para um índice geral de 0,4%.
O índice, observa o secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi, mostra uma situação de normalidade mas não de tranquilidade. "Com a dengue não existe situação de controle, pois a situação pode se alterar em poucos dias sem o trabalho contínuo de todos", alerta.
Durante a apresentação do Lira, em reunião do Comitê Municipal de Combate à Dengue, a Secretaria de Saúde e a Unimed Maringá apresentaram uma parceria para a campanha Plantando Saúde. Junto com as demais secretarias e o Tiro de Guerra, a Unimed Maringá lança a campanha no próximo dia 23 de setembro. O Plantando Saúde quer envolver a população no combate ao mosquito, iniciando com a distribuição de mudas de citronela, repelente natural do Aedes aegypti.
O secretário Antônio Carlos Nardi destacou o trabalho efetivo das secretarias municipais de Saúde, Serviços Públicos, Meio Ambiente, Saneamento e Educação, junto com o Comitê Municipal de Combate à Dengue na luta contra o mosquito. "Durante esse ano enfrentamos a epidemia junto com nossos parceiros, mobilizando a população, mas é preciso mais porque apesar do índice estar baixo, podemos ver no levantamento que o problema está sempre no mesmo lugar", afirmou. Até esta segunda-feira Maringá contabilizou 7.486 casos notificados e 3.588 confirmados com três mortes.
Nardi se refere aos principais criadouros identificados neste terceiro Lira do ano. O principal criadouro mais uma vez está no lixo intradomiciliar e outros resíduos sólidos, com 0,42%. Em segundo lugar com 0,25% aparecem os pratos de vasos, seguido dos barris e tinas com 0,11%, pneus e depósitos fixos. "Há anos repetimos isso, o mosquito está se proliferando no lixo e nos vasos de plantas nos quintais e residências, e as pessoas precisam se mobilizar contra isso", lembra o secretário.
QUINTAIS
A primeira área, de baixo risco, que aparece neste terceiro Lira do ano com 0,8% é do Parque das Grevileas, Residencial Quebec, Herman Moraes de Barros, Parque das Bandeiras, Jardim Diamante, Oriental e Condomínio Cidade e Campo. Metade dos criadouros foram localizados no lixo e resíduos nos quintais e residências.
A segunda área, de baixo risco, com índice de 0,7% é a região da Vila Morangueira e ampliação do mesmo bairro. Mais da metade ou 0,67% dos focos foram identificados nas tinas e barris, seguido dos depósitos fixos como caixas d’água e reservatórios. A terceira área ainda com baixo risco e 0,7% é a região do Jardim Olímpico, Montreal, Mandacaru e Mandacaru II, onde metade dos focos estava nas caixas d’água, seguido do lixo e resíduos.
A quarta área com 0,7% e baixo risco é da Vila Operária e Zona 8, com 100% dos focos no lixo e resíduos. Na sequência, aparece a região do Parque Residencial Aeroporto, João de Barros, Porto Seguro e Vila Nova com 0,6% e mais de metade dos criadouros no lixo e resíduos. A sexta área com infestação de 0,5% é do Jardim América, Parigot de Souza, Karina, Patrícia e Requião, com 50% dos focos no lixo e resíduos. Nardi lembra que essa região era a mais problemática, e um trabalho conjunto mobilizou a comunidade e os resultados apareceram.
A sétima área também com 0,5% e baixo risco é do Conjunto Champagnat, Paulino, Requião II, Jardim Paulista e Colina Verde, onde 100% dos focos estavam no lixo e resíduos. A oitava área com índice de 0,5% é do Jardim Alvorada, Alvorada II e Ebenezer, com 100% dos focos no lixo e resíduos. Com índice de 0,4% e baixo risco aparecem duas áreas, do Jardim Real, Parque das Laranjeiras e Monte Rey onde 0,75% dos focos estão em pneus e o restante no lixo e resíduos e a região do Jardim Novo Horizonte, onde metade dos focos estão no lixo e resíduos e a outra metade no prato de vaso.
A décima primeira área também com baixo risco e índice de 0,3% é a região do Duzentão, Cidade Nova, Eldorado, Cidade Jardim, Sumaré e Jardim Licce, com 100% dos focos no lixo e resíduos. Na sequência aparecem seis áreas com índice de 0,2% e a grande maioria dos focos no lixo e resíduos: região do Lea Leal, Branca Vieira, Oásis e Pinheiros; Jardim Universitário, Vila Esperança e Vila Esperança II; Parque Hortência, Hortência II, Ney Braga, Moradias Atenas e Jardim Mandacaru I; Recanto dos Magnatas, Zona 6, Zona 5 e Cidade Monções; além do centro da cidade.
As três últimas região, com índice zero, são do Jardim São Domingos, Conjunto Santa Terezinha e distrito de Iguatemi; as Zonas 4 e 7; e a área do Parque da Gávea, Cidade Alta e Tarumã. Nardi alerta que o Lira é feito por amostragem, e portanto não significa que estas áreas estão completamente livres do mosquito. "O Lira orienta nosso trabalho de combate à dengue, e não existe controle absoluto do mosquito por isso todos devem estar sempre mobilizados contra qualquer água parada", orienta.
O secretário apresentou ainda as ações contra a dengue realizadas durante o ano, com destaque para as campanhas em datas comemorativas, as parcerias com integrantes do Comitê da Dengue, treinamento de pessoal e a limpeza de quintais e residências. "A ação Vida sem Dengue realizada pelas secretarias municipais de Saúde, Gestão, Assuntos Comunitários e Serviços Públicos retirou centenas de toneladas de lixo de quintais, uma situação que poderia ser diferente se cada morador fizesse sua parte", lembrou Nardi.