Das 21.012 córneas doadas em 2009 aos Bancos de Tecidos Oculares do Brasil, oriundas de 13.376 pessoas, 51% (10.817) foram descartadas. Os principais motivos (em 66% dos casos) foram a má qualidade do tecido e a presença do vírus da hepatite B.
As demais córneas foram para o lixo por estarem fora do prazo de validade (16,5%), terem hepatite C (5,4%), HIV (2%) ou contraindicações (2,3%), entre outras razões (6,6%).
Os Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná lideram a lista, com 6.331, 1.122 e 1.092 córneas descartadas, respectivamente, no ano passado.
O Boletim Anual de Avaliação dos Bancos de Tecidos Oculares é construído a partir de relatórios e roteiros de inspeção enviados pelas vigilâncias sanitárias à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em 2009, foram avaliados os dados de 42 bancos em funcionamento no País.
Esses serviços são responsáveis pelas etapas que antecedem o transplante de córnea: busca, triagem clínica, retirada do globo ocular do doador para avaliação, preservação e envio do material para cirurgia.