A síndrome que afeta principalmente os nervos e tendões dos membros superiores, a LER (Lesões por Esforço Repetitivo), também chamada de DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), provoca dor e pode, inclusive, alterar a capacidade funcional da pessoa. A LER tem se tornado cada vez mais comum, inclusive em adolescentes e crianças, especialmente por conta da tecnologia, devido ao uso excessivo de celulares e tablets.
Entre as principais causas do problema estão o esforço repetitivo e exagerado, má postura e carregamento de peso de forma inadequada.
Segundo o presidente da SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão), Marcelo Rosa de Rezende, o corpo humano não foi projetado para ficar na mesma posição por horas e, por isso, se ressente, mas nos últimos tempos. "Parece que virou moda o diagnóstico de LER, e qualquer dor que surja nos braços ou nas mãos faz com que muitas pessoas se autodiagnostiquem", afirma o médico.
As áreas mais atingidas pela LER são: punho, coluna cervical e cintura escapular (região dos ombros e pescoço), e entre os sintomas estão inchaço nas articulações, perda de força, formigamento e até mesmo alteração de temperatura.
"É fundamental que o paciente procure atendimento médico especializado desde o início dos sintomas, já que uma vez que se tornar crônica, o tratamento fica muito mais difícil. Mas é importante ressaltar que a LER tem cura", afirma Rosa.
Mas a prevenção é melhor forma para evitar a LER. "Fazer exercícios de alongamento muscular (braço, punho, pescoço e cervical), ter apoio ao digitar, intervalo entre as horas de trabalho, carga horária mais baixa, melhorar a postura, além da elevação de ombro para melhorar a postura e fortalecer a musculatura, auxiliam no cuidado para evitar a síndrome, conclui o presidente da SBCM.