Corpo & Mente

Identificação precoce pode ajudar no tratamento de demências

14 jan 2014 às 16:56

Identificar precocemente síndromes e demenciais, pode ajudar no tratamento, na sobrevida e na qualidade de vida do paciente. Entre essas doenças, está o Alzheimer, principal causa de demência em pessoas com mais de 60 anos. Entre os exames indicados para diagnosticar a doença estão avaliação clínica, exames físicos, neurológicos, associados a procedimentos bioquímicos e de neuroimagem. A espectroscopia, feita por meio da ressonância, é um dos exames indicados para olhar com clareza as alterações e mudanças cerebrais.

Segundo o médico radiologista Guilherme Zwicker, o exame é indicado quando há suspeita de síndromes demenciais e lesões no cérebro. Por meio da espectroscopia é feita uma análise detalhada e complexa da lesão e quais os elementos químicos estão presentes naquela região. Algumas vezes, explica o médico, pode ser usada para evitar procedimentos mais invasivos como a biopsia.


"São mais dados que podem ajudar no diagnóstico de problemas cerebrais", destaca Zwicker, lembrando que quanto mais cedo as doenças são identificadas, mais rápido e fácil podem ser tratadas. Além de síndromes demenciais, a espectroscopia é utilizada para outras doenças cerebrais, como as inflamatórias, infecciosas, tumorais e abcessos de vários grupos. É um procedimento bastante utilizado após cirurgia de retirada de tumores para avaliar se há uma situação de recidiva tumoral, quando a lesão não foi totalmente retirada ou voltou.


Segundo o radiologista, a recidiva ocorre com certa frequência e é bastante preocupante já que tumores cerebrais são extremamente agressivos. Porém, se identificadas com rapidez ajudam a aumentar a sobrevida do paciente.


O neurologista Vladmir Garcia conta que tem por método sempre solicitar ao radiologista que ao fazer ressonância no paciente com suspeita de demência seja feita também a espectroscopia. "Ajuda a ter uma análise mais completa da doença. Contribui para um diagnóstico mais completo e na confirmação do diagnóstico clínico", explica. O especialista lembra que a espectroscopia entra como um exame complementar para o diagnóstico de demências, principalmente Alzheimer. "Dá um respaldo e sugere determinadas doenças", observa.

Ele reforça que para o processo de análise e identificação de doenças demenciais é preciso realizar uma série de exames, como os de imagem, laboratoriais e clínicos. "Com todo esse ritual é possível diagnosticar 95% dos casos de Alzheimer", exemplifica. Ele acrescenta que a espectroscopia tem muito a evoluir e contribuir para a medicina. Hoje, segundo ele, é possível analisar os elementos químicos simples de uma lesão e, no futuro, será possível analisar, por exemplo, elementos mais complexos como as proteínas.


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