A homeopatia e a fitoterapia são métodos terapêuticos alternativos aos medicamentos tradicionais e que cada vez mais ganham entusiastas. Ambas as técnicas utilizam soluções naturais, porém, há algumas diferenças importantes entre as duas terapias, tanto na composição, quanto na maneira de tratar qualquer enfermidade.
Homeopatia
A homeopatia utiliza elementos do tipo vegetal, animal e mineral, e se baseia no princípio da semelhança, ou seja, doenças semelhantes curam doenças semelhantes. Diante dessa teoria, o tratamento é feito a partir da diluição e dinamização da mesma substância que produz o sintoma em um indivíduo saudável. "O método busca tratar o doente (causa) e não a doença (sintoma), modificando-o de dentro para fora, a partir de suas características pessoais e estilo de vida", esclarece a farmacêutica Juliana Barone.
Fitoterapia
Já a fitoterapia é o estudo das plantas medicinais e suas aplicações no tratamento de enfermidades, seja na prevenção, alívio ou cura das doenças. Diferentemente da homeopatia, faz uso apenas de elementos do tipo vegetal. Baseia-se no princípio dos contrários, ou seja, busca suprimir os sintomas das doenças com substâncias (naturais) que atuem "contrariamente" aos mesmos, por exemplo, antidepressivos, antitérmicos, entre outros.
Os medicamentos fitoterápicos são mais fáceis de ser encontrados, por exemplo, em farmácias convencionais e drogarias. Mas também podem ser manipulados de acordo com a necessidade de cada pessoa.
Cuidados
Os dois métodos não precisam de receita médica para ser adquiridos, com exceção de alguns homeopáticos, portanto é preciso moderação na hora de usar esse tipo de medicamento. Apesar de terem origem natural, se consumidos em excesso, podem ter efeitos colaterais não esperados. "Ambos os tratamentos agridem menos o organismo se comparados aos remédios convencionais, mas mesmo assim precisam ser administrados com cautela", alerta Juliana.
Em relação ao custo/benefício, a farmacêutica afirma que tanto os remédios homeopáticos quanto os fitoterápicos são bem acessíveis ao público, sendo muitas vezes mais baratos do que os medicamentos tradicionais.
Segundo Juliana, quanto maior for o tempo que o paciente toma remédios alopáticos – medicamentos administrados ao doente que produzem efeitos contrários aos sintomas da doença que se deseja combater– mais demorado será o efeito da homeopatia, pois o corpo está "intoxicado" pelos componentes não naturais contidos nesses remédios.