Embora os gatos e outros felinos sejam hospedeiros definitivos do protozoário Toxoplasma Gondii, causador da toxoplasmose, estes animais não são os verdadeiros responsáveis pela transmissão desta doença tão temida pelas gestantes.
Segundo o ginecologista Jurandir Passos, para que haja a contaminação, seria necessário ter contato direto com as fezes do animal infectado, situação bastante improvável.
Este mito tornou-se conhecido porque, ao evacuar, os gatos despejam o verme na terra e este sobrevive por até seis meses em locais com grande umidade. Em ambientes onde vivem outros animais, como galinhas e vacas, eles acabam se contaminando também por entrarem em contato direto com estas fezes. "A ingestão de carne mal passada e de ovos com gema mole são formas comuns de transmissão da toxoplasmose, assim como verduras, frutas e folhas mal lavadas", alerta o especialista.
Quando o protozoário Toxoplasma Gondii entra na corrente sanguínea do ser humano, ele traz prejuízos à musculatura, cérebro e fígado, multiplicando-se dentro das células e destruindo os tecidos. Em uma criança em formação, os danos são muito maiores e, consequentemente, mais graves.
Para as gestantes que possuem gatos como animais de estimação, é seguro levá-los ao veterinário para que eles tomem um vermífugo adequado. Não precisa ter medo de conviver com o animal, pois ao tomar o vermífugo eles estão sãos e salvos. "O mais importante para se preservar da toxoplasmose é tomar cuidados com a alimentação, ingerindo somente carnes bem passadas e cozidas, ovos com gema dura e lavando bem as verduras e frutas. É importante também ter cuidado redobrado com a alimentação feita fora de casa, evitando as saladas", conclui Passos.