Corpo & Mente

Eutanásia para doentes terminais é algo ‘profundamente cristão’

14 ago 2015 às 14:19

O ex-arcebispo de Cantuária, cidade do sudeste da Inglaterra, George Carey, atacou a ideia de o doente terminal lidar com uma dor intensa ser uma "coisa nobre", em uma mensagem de apoio para o projeto de lei sobre suicídio assistido, que deve ser votado no próximo mês na Câmara dos Comuns.


Em um vídeo da campanha grupo "Dignity in Dying" (Dignidade na Morte, em tradução livre), Carey insistiu que era um ato "profundamente cristão" permitir que as pessoas terminem suas vidas se quiserem fazê-lo, reportou o "The Daily Telegraph".


Segundo as propostas, as drogas letais poderiam ser dadas a pacientes com menos de seis meses para viver, se essa for a sua "intenção clara e resolvida" e dois médicos concordarem.


"Algumas pessoas falaram sobre a questão de compaixão que, na verdade, a dor é uma coisa nobre, suportar a dor e dizer que estamos sofrendo com você é, a meu ver, um argumento muito pobre. Não há nada de nobre em sentir dor excruciante e eu acho que nós precisamos como uma nação dar às pessoas o direito de decidir seu próprio destino", afirmou o religioso na gravação. "E, na minha opinião, é uma coisa profundamente cristã e moral elaborar uma lei que permite que as pessoas, se assim o desejarem, acabarem com suas vidas com dignidade."

No entanto, o Rev. Brendan McCarthy, conselheiro nacional em ética médica da Igreja da Inglaterra, disse que as mudanças propostas eram "criminalmente ingênuas" e iria "certamente" colocar as pessoas em risco de morte.
(com informações do site O Globo)


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