Uma em cada sete mulheres sofre de forma permanente com um problema incômodo de saúde e que tem alguns dos sintomas mais difíceis de serem esclarecidos pelos médicos: a dor pélvica. Segundo os especialistas, isso se deve ao fato de que para obter um diagnóstico preciso, muitas vezes é necessária a atuação conjunta das áreas de proctologia, ginecologia e urologia.
"Essa dor pode ser causada tanto pela contração da musculatura do assoalho pélvico como pela alteração da função intestinal, problemas urinários, cistos no ovário, miomas, infecções na região da pelve e endometriose", explica o coloproctologista Olival de Oliveira Júnior.
Segundo ele, a pelve é a região do corpo onde estão localizados, no caso das mulheres, os ovários, as tubas uterinas, a bexiga e o reto, por exemplo, e está situada na parte logo abaixo do abdômen, entre os ossos do quadril. As dores nesse espaço do corpo podem surgir de forma aguda, com início súbito e intensa, ou crônica, quando têm pelo menos seis meses de duração.
"A dor pélvica pode estar associada também à obstipação intestinal, quando há dificuldade para evacuar. Seja pela alimentação incorreta ou por deformidades internas na pelve, o que pode ser tratado, entre outras indicações, com uma correção de dieta e a prática de exercícios físicos", completa.
Paraná
No Paraná há o Centro de Medicina Pélvica, no Hospital Santa Cruz, em Curitiba, um serviço pioneiro que tem como proposta tratar esses problemas tão comuns no universo feminino com uma equipe multidisciplinar, formada por proctologistas, ginecologistas, urologistas e fisioterapeutas.