Corpo & Mente

Doenças de pele pedem cuidado e tratamento adequado

22 abr 2014 às 17:05

As dermatoses, conjunto de doenças que acometem a pele, devem ser tratadas com a mesma prioridade dos demais problemas de saúde. Nesse contexto, valem ser ressaltadas doenças mais antigas, como hanseníase e sífilis, que não foram eliminadas na população, além do crescente aumento dos diagnósticos de câncer de pele. É o que explica Rosana Lazzarini, professora de Dermatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

"Inúmeras dermatoses dependem mais de ações preventivas do que propriamente do tratamento. Quando este se faz necessário, diferentes medidas podem ser tomadas, desde a introdução de medicamentos até procedimentos cirúrgicos. O médico dever ser procurado sempre que alguma condição fuja ao controle do indivíduo", diz.


De acordo com a professora, há um aumento no número de casos de sífilis, doença sexualmente transmissível que se manteve, anos atrás, em níveis estáveis. Para a especialista, a população parou de se preocupar com esse tipo de problema. "A prevenção baseia-se no conceito do sexo seguro, com uso especialmente de preservativo", fala. Os sintomas da sífilis englobam pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas.


Outro problema grave é a hanseníase, doença infecciosa que atinge a pele e os nervos. Alguns dos sintomas são: manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas, e área da pele com perda ou ausência de sensibilidade. O tratamento dura de seis a 12 meses, dependendo da forma clínica e classificação de cada caso.


"Apesar de datar dos tempos bíblicos, a hanseníase ainda persiste, com o surgimento de casos novos, em suas várias formas. Muito ainda deve ser feito para melhorar as condições de vida e educação da população para chegarmos à erradicação da doença", afirma.


Micoses


As micoses são dermatoses infecciosas causadas por fungos de diferentes espécies e gêneros, sendo que as mais conhecidas são as formas superficiais presentes entre os dedos dos pés, no couro cabeludo (muito frequente em crianças) e na região inguinal (comum entre os homens), esclarece a professora Rosana.


"As regiões afetadas em geral tornam-se pruriginosas e apresentam algum nível de descamação. O tratamento baseia-se no uso de antifúngicos, tópicos ou sistêmicos, dependendo da extensão da área comprometida. As medidas preventivas devem passar pelos cuidados locais como: manter as áreas secas, trocar frequentemente calçados e meias, e usar roupas leves", explica a dermatologista.


Dermatite de contato

A doença está relacionada à sensibilização do indivíduo a algum produto ou substância. De acordo com a professora, o tratamento consiste na identificação e afastamento do agente causador. "A forma mais comum é a irritativa, porém a mais exuberante é a forma alérgica. Esta última tem alguns vilões clássicos, como o níquel, presente nas bijuterias, a parafenilenodiamina, nas tinturas de cabelo, e o cromo, no cimento e no couro, entre outros", finaliza.


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