Corpo & Mente

Distúrbios do sono são mais frequentes a partir do 3º trimestre da gravidez

05 mai 2015 às 14:52

Mais da metade das gestantes apresentam insônia a partir do terceiro trimestre da gravidez. Muitas mulheres sofrem com distúrbios do sono ao longo da vida, mas, durante a gestação, esse problema pode afetar de 66% a 90% delas, segundo médica especialista em ginecologia pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Dra. Carla Realti.

"As noites mal dormidas são frequentes nesse período, mas nem sempre estão relacionadas aos níveis hormonais e sim ao aumento da frequência urinária noturna e diurna, atividade fetal noturna exacerbada, obstrução nasal pelo edema gravídico, azia noturna, calor e pernas irrequietas são alguns dos causadores da insônia", explica.


As noites de insônia podem trazem sérias consequências para o dia a dia das futuras mães. Entre elas estão alteração no humor, aumento da ansiedade e também a queda da imunidade. "Muitas mulheres não encontram posição para dormir por conta de hiperlordose na coluna e também aumento do calor corpóreo. Isso afeta diretamente a disposição para o dia seguinte, pois não descansam o suficiente durante a noite", comenta a ginecologista.


Todos esses sintomas são comuns e pioram nas mulheres que ganham muito peso durante a gravidez, pois aumentam o inchaço e as dores na coluna e nos joelhos. Para evitá-los, é recomendado manter pressão e peso estáveis, seguir uma dieta adequada, praticar exercícios físicos, e até mesmo, administrar algum tratamento com medicamentos.


De acordo com a Dra. Carla Realti, a dieta deve conter muitas frutas e legumes cozidos e evitar embutidos, pelo excesso de sódio presente e potencial para aumentar o inchaço.


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"A homeopatia também é indicada para atenuar os diversos efeitos da insônia, como a diminuição da ansiedade, melhora da azia, formigamentos e dores na coluna, obstrução nasal e enjoos, além de eliminar as câimbras noturnas", explica a médica. Esse tipo de medicação, segundo a especialista, pode ser utilizada pelas pacientes grávidas, pois não apresenta
efeitos colaterais indesejáveis.

É importante lembrar que o problema pode perdurar no pós-parto por conta de hábitos adquiridos na fase de amamentação, como tomar café para ajudar a ficar acordada, ansiedade, vigilância do recém-nascido, depressão pós-parto e também a demora na normalização hormonal.


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