A Sociedade Evangélica Beneficente (SEB), mantenedora do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, divulgou nesta quinta-feira (30) uma nota criticando a paralisação do corpo clínico, prevista para começar no dia 12 de setembro.
Segundo a SEB, o hospital oferece todas as condições materiais para o trabalho dos profissionais, sem falta de medicamentos ou produtos de qualquer natureza, e os repasses dos honorários têm ocorrido mensalmente.
A decisão de entrar em greve foi tomada em assembleia realizada na noite de terça-feira (28), na sede do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar).
Os médicos alegam atraso no pagamento dos salários e ausência de equipamentos adequados para realizar consultas eletivas e cirurgias, o que estaria colocando em risco a vida dos pacientes.
De acordo com o presidente do Simepar, Mario Ferrari, esses atrasos já fizeram com que muitos profissionais parassem de trabalhar no local. "As dificuldades financeiras estão resultando em falta de medicamentos e insumos dos mais diversos, o que inviabiliza até a realização de procedimentos simples", explicou.
Na nota, a SEB reconhece a existência de débitos anteriores, mas afirma que eles já começaram a ser pagos e que devem ser quitados até o final do ano. "Em nenhum momento a direção da SEB se furtou a manter o diálogo com o corpo clínico, procurando mantê-lo informado das medidas que vêm sendo tomadas visando o saneamento financeiro do hospital", diz o documento.
Para a direção do hospital, a decisão do corpo clínico foi "uma decisão unilateral, tomada em assembléia com dez participantes".
A SEB completa afirmando que aguardará a comunicação oficial do Simepar, para depois tomar "as medidas necessárias’.