Corpo & Mente

Diferença entre desodorantes e antitranspirantes: evite problemas

27 nov 2014 às 15:25

Desodorantes e antitranspirantes não são a mesma coisa. Esses dois compostos químicos foram criados para propósitos radicalmente diversos e funcionam de maneira completamente diferente quando são aplicados na pele.

A mais antiga referência a desodorantes data do século IX como parte da pesquisa do sábio persa Ziryab sobre limpeza e higiene pessoal na corte Umayyad, na Ibéria Islâmica, e está junto com informações sobre o banho e o creme dental (que ele teria inventado). Mas foi apenas na era Vitoriana que um inventor da Filadélfia (cujo nome foi apagado da História) criou o primeiro desodorante comercial, chamado Mum, em 1888.


A Bristol-Meyes adquiriu a empresa em 1931 e, uma década depois, revolucionou a higiene pessoal ao desenvolver um aplicador roll-on usando como base a tecnologia da caneta esferográfica. Assim foi criado o desodorante roll-on que é usado até hoje.


Desodorantes não conseguem fazer com que você pare de suar. Em vez disso, eles miram nas bactérias que se alimentam do seu suor. Geralmente os desodorantes têm álcool ou outros ingredientes que contribuem para fazer com que suas axilas se tornem ambientes inóspitos para as colônias de bactérias.


Eles também podem conter bactericidas como o triclosan que mata os organismos antes que eles tenham tempo de digerir seus fluidos. Por isso, em algumas partes do mundo, os desodorantes são considerados cosméticos.


Antitranspirantes, por outro lado, são classificados como drogas pela FDA quando combinados com desodorantes. Eles chegaram na virada do século XX, com o Everdry. Mas não demorou para que esse produto se tornasse problemático por causa de seus altos níveis de cloreto de alumínio, que causa dermatite (coceira e pele irritada) em boa parte da população e pode ser considerado fatal quando grandes concentrações se infiltram no corpo, causando falência renal.


Jules Montenier solucionou esse problema em 1941 quando patenteou a primeira mistura moderna de antitranspirante, que atenuava os problemas causados pelo cloreto de alumínio com um composto nitrílico solúvel.


Os compostos de cloreto de alumínio são os agentes antitranspirantes mais eficazes que existem no mercado hoje. Eles se misturam ao suor para criar uma camada de gel que obstrui o duto da glândula sudorípara, além de fazer com que elas se contraiam. Quando mais poros forem fechados, menos você suará.


O processo é temporário, claro — uma hora o bloqueio sai junto com a descamação da pele — embora o tempo de permanência do efeito antitranspirante varie de pessoa para pessoa. Outros ingredientes ativos incluem parabenos e hidroxitolueno butilado (BHT), que agem como conservantes, fragrâncias de mascaramento, óleos emolientes hidratantes, agentes emulsionantes e pó de talco para reduzir o atrito.


"Você quer que suas axilas fiquem o mais seco possível a fim de que os ingredientes ativos do antitranspirante tenham oportunidade de realizar o seu trabalho de fechar poros e bloquear dutos sudoríparos", explicou David Pariser, professor de dermatologia da Eastern Virginia Medical School em Norfolk, nos EUA, ao WebMD. "É por isso que você deve colocar os antitranspirantes à noite, antes de ir dormir, em vez de passar pela manhã logo após sair do banho."


Antitranspirantes podem cheirar mau


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Assim como outros cosméticos farmacêuticos modernos como o protetor solar e a pasta de dente, antitranspirante em excesso faz mais mal do que bem. Como mencionado acima, uma pequena parte da população é alérgica ao alumínio e sua aplicação pode resultar em coceira e vermelhidão e inflamação da pele.


O uso prolongado tem sido ligado a níveis elevados de alumínio no sistema do usuário (também conhecido como "carga corporal", similar a como os peixes ficam carregados com mercúrio com o passar do tempo). Muito alumínio em seu organismo pode ser fatal, já que ele pode detonar seus rins. Por isso a FDA tem, na última década, rotulado antitranspirantes com alertas contra seu uso por pessoas com problemas renais. Outros irritantes potenciais incluem o zircônio e o propileno glicol, ambos ingredientes comuns em antitranspirantes.


Isso tudo não significa que o uso moderado e diário de antitranspirantes lhe causará algum mal. Mas se você tem uma dessas vulnerabilidades (sensibilidade ao alumínio, rins enfraquecidos), é de bom tom diminuir a dose.

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(Fonte: Giz modo)


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