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Pode ser artrose

Desgaste no quadril é queixa frequente nos consultórios ortopédicos

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
18 dez 2019 às 11:17

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- Reprodução/Pixabay
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Dor ao sentar ou levantar e dificuldade de locomoção são sintomas comuns às pessoas que sofrem com artrose, doença que atinge cerca de 15 milhões de brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde.

Entre os problemas que afetam a qualidade de vida causados pela doença, o desgaste no quadril está entre os mais frequentes. Marco Aurélio Neves, médico ortopedista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, comenta que essa é uma das principais queixas dos pacientes, devido à dor e impacto na realização de atividades diárias.

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O que é artrose - A artrose causa degeneração das cartilagens, sendo mais comum em pessoas com idade acima de 45 anos. "Embora também possa acontecer com os jovens, a doença tende a aparecer e aumentar com o avanço da idade e acomete as articulações em geral, sendo mais evidente no quadril por ser uma base de sustentação do corpo e dos movimentos das pernas”, revela o especialista.

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Neves explica que, quando há desgaste na cartilagem do quadril, os principais movimentos que fazemos com as pernas e com a coluna se restringem aos poucos. Os ossos do fêmur e da bacia começam a raspar. "Muitos pacientes contam que sentem esse atrito e, muitas vezes, um estalo a cada passo”, comenta.

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Sintomas - O especialista recomenda procurar um ortopedista diante de sinais como estes:


• Dor no quadril, que piora ao andar ou ao passar muito tempo sentado;

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• Mancar ao andar;


• Formigamento ou dormência nas pernas;

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• Dor que percorre a perna na parte interna, do quadril até o joelho;


• Queimação na batata da perna;

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• Mais dificuldade de movimentar a perna ao acordar;


• Sensação de ter osso raspando ao se movimentar;

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• Dificuldade de calçar os sapatos ou levantar uma cadeira, por exemplo.


Quanto mais a doença se agrava, mais restritos se tornam os movimentos, é aí que começam as dores e limitações. Dr. Neves conta que o paciente passa a ter dificuldade para andar, ficar de pé por muito tempo e realizar atividades simples do dia-a-dia, como calçar os sapatos ou dirigir.

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Nesses casos, o procedimento mais indicado é a ATQ (Artroplastia Total do Quadril), cirurgia de colocação de prótese.


"Como não é uma cirurgia de urgência, nós avaliamos e indicamos para o paciente que tem desgaste avançado ou cuja dor esteja causando um impacto muito grande na sua vida”, explica o médico.


Como funciona a cirurgia - A cirurgia consiste na substituição da articulação afetada por uma prótese. Realizada no Brasil desde a década de 60, atualmente a técnica sofreu atualizações importantes que impactam na recuperação dos pacientes.


O ortopedista explica o que mudou: "ao invés de manipular os nervos e músculos, o médico apenas afasta o intervalo entre dois músculos na frente do quadril, para chegar no quadril e colocar a prótese”.


Isso é possível porque a incisão é feita na parte da frente do quadril, e não ao lado ou atrás, como era realizando antes. Além disso, a técnica é feita com a ajuda de uma mesa cirúrgica especialmente desenvolvida para esse tipo de procedimento.


Dessa forma, a operação tende a ser menos agressiva, com recuperação mais rápida e menos dolorosa, reduzindo também os riscos de complicações inerentes à cirurgia. "Pouco tempo após fazer a colocação da prótese, o paciente já consegue ficar de pé”, frisa.


Além de reduzir o tempo de internação, que passa a ser de somente um dia, o número de medicamentos administrados também diminui. Dr. Neves ainda ressalta que o processo de reabilitação é menor, fazendo com que o paciente retorne às suas atividades normais rapidamente.


Protocolo ERAS - Outra mudança inserida no atendimento do Hospital São Camilo, que impacta significativamente no procedimento e resultado da ATQ, é o protocolo ERAS (Enhanced Recovery After Surgery, Otimização da Recuperação Pós-Operatória).

Trata-se de um conjunto de práticas aplicadas ao pós-operatório, que integra as equipes médicas às multidisciplinares, como fisioterapia, nutrição, enfermagem etc. O objetivo é alinhar processos para reduzir complicações no pós-operatório e, consequentemente, diminuir também o tempo de internação hospitalar.


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