A crise convulsiva é um transtorno neurológico causado pelo aumento excessivo da atividade elétrica em uma região do cérebro. Ficar muito tempo sem dormir, passar por um período de estresse e consumir álcool em excesso e fazer uso de drogas são alguns fatores de risco para convulsão. Se as crises forem recorrentes, o quadro pode configurar epilepsia.
De acordo com Alex Machado Baeta, neurologista da BP (Beneficência Portuguesa de São Paulo), a crise convulsiva pode apresentar sintomas variados relacionados às atividades motoras, sensitivas e com alterações da consciência. "Nos casos em que há perda da consciência, com queda ao solo, em que o rosto ganha uma cor mais azulada e os músculos ficam contraídos e estendidos, com contrações rítmicas e repetitivas, é importante saber como agir com a pessoa em convulsão", alerta o especialista.
O neurologista lista os procedimentos de primeiros socorros para serem aplicados em casos de crise convulsiva:
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Não tentar impedir a crise.
Não dar medicamento para que a pessoa não se engasgue.
Não introduzir objetos na boca da pessoa.
Se a pessoa estiver no chão, retirar os objetos em volta para não correr o risco de ela se machucar.
Manter a pessoa deitada de lado para não se engasgar com a própria saliva ou com o vômito.
Afrouxar as roupas da pessoa.
"Quando a crise passar e a pessoa já tiver retomado a consciência e os músculos não estiverem mais se contraindo, ela deve ser levada a um serviço de saúde com infraestrutura integrada para esclarecer a causa da convulsão e estabelecer o melhor tratamento", completa o neurologista.