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Automedicação

Concentrações altas de paracetamol podem prejudicar o fígado

Redação Bonde
04 ago 2014 às 12:54

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- Divulgação
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Ingerir alguns comprimidos do medicamento para curar ressaca pode causar uma lesão hepática fulminante, segundo a farmacêutica Silvana Maria de Almeida, do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo.

O cuidado vale mesmo se a dosagem for menor do que a diária recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde), que é de até 4.000 mg. Segundo ela, o álcool associado ao paracetamol também pode provocar sangramentos no estômago.

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Esses são apenas alguns dos riscos que o uso indiscriminado do paracetamol, um dos medicamentos mais populares no mundo no combate à dor e à febre, pode acarretar para a saúde.

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Fígado

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A maior preocupação ao se usar o medicamento em excesso está ligada aos danos que pode causar ao fígado. Após ser ingerido e processado pelo organismo, uma das sobras desse processo é o composto NAPQI, que é tóxico.


Doses altas do medicamento fazem com que o NAPQI fique acumulado no fígado, atacando as moléculas que formam as membranas das células hepáticas e levando-as à morte. Se não for interrompido, o processo pode levar à falência do fígado e à morte do indivíduo.

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Em geral, os sintomas se manifestam quatro horas depois da superdosagem. Após um período de 24 horas, há convulsões e a piora do quadro.


Em 72 horas, com a destruição do fígado, o organismo não metaboliza mais a amônia, que se acumula no corpo e pode provocar morte cerebral. Para reverter uma intoxicação, é preciso receber tratamento com N-acetilcisteína nas primeiras 24 horas.

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"Nos casos de intoxicação leve a moderada, após o primeiro dia da ingestão, os pacientes podem permanecer assintomáticos ou apenas desenvolver náusea, vômito e dor abdominal.


Nos casos graves de intoxicação, pode haver falência hepática, incluindo coagulopatia e encefalopatia hepática. Os pacientes devem procurar um serviço de saúde rapidamente para que possa ter os cuidados necessários", aponta Silvana Maria de Almeida, do Hospital Israelita Albert Einstein.

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Cuidados


Medicamentos como a domperidona ou a ametodopromida podem aumentar a absorção do paracetamol, intensificando seu efeito.

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O risco de intoxicação com doses acima de 8.000 mg é de quase 100%. Já entre 3.000 mg e 8.000 mg, depende de outros aspectos, como o consumo de álcool ou de outros medicamentos, como anticoagulantes e alguns tipos de anticonvulsivantes.


Mas é a ingestão do medicamento com bebidas alcoólicas que merece atenção redobrada. "Nos casos em que pacientes utilizam mais de três doses de bebida alcoólica por dia, o medicamento pode apresentar interação com o uso concomitante da bebida alcoólica", diz a farmacêutica Silvana Maria de Almeida. O álcool interfere na disponibilidade de glutationa, causando lesão hepática.

(Com informações UOL)


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