A mais recente boa nova nos tratamentos de doenças da coluna tem três nomes: Cirurgia Minimamente Invasiva, que proporciona uma recuperação mais rápida e o retorno às atividades normais em tempo reduzido. De fato, este tipo de procedimento diminui a necessidade do uso de anestesia geral e garante um tempo de internação menor. No entanto, é imprescindível que os pacientes se conscientizem que este tipo de procedimento não substitui as cirurgias tradicionais ou mais invasivas, caracterizando-se, portanto, como um meio de alcançar o conforto temporariamente e postergar a efetuação de um procedimento cirúrgico maior.
De acordo com o ortopedista e cirurgião da coluna, Emerson Grecca, responsável pelo novo Serviço de Cirurgia da Coluna do Hospital Santa Cruz, em Curitiba, "A cirurgia minimamente invasiva não é a solução, nem resolve todos os problemas ou doenças da coluna. Trata-se de um procedimento que permite postergar procedimentos mais invasivos, que na maioria das vezes, são o que realmente proporcionam a cura", afirma. "Na grande maioria dos casos a cirurgia minimamente invasiva resolve o sofrimento, mas não a doença", ressalta o especialista. "Existem casos em que ela é útil e indicada, por exemplo: um paciente que está com uma dor muito intensa e precisa fazer uma viagem, tem um compromisso inadiável, ou uma contra-indicação médica, pode realizar o procedimento menos invasivo, como forma paliativa", completa.
Para o especialista, não se trata de ignorar os benefícios das cirurgias minimamente invasivas, e sim de alertar que os procedimentos tradicionais ainda mantêm seu espaço há 30, 40 anos, obtendo resultados expressivos e curando diversos pacientes. "Não precisamos descartar a cirurgia minimamente invasiva, mas trata-se de um procedimento que está em desenvolvimento. Acredito que no futuro muitas doenças vão se solucionar através deste método", esclarece.
Longe dos mitos criados pela população, a cirurgia tradicional não é mais um motivo para assustar os pacientes, nem de achar que, após o procedimento, uma pessoa fica paralítica. Com o avanço da tecnologia e o auxílio de equipamentos de última geração, a cirurgia de coluna já desenvolveu muito e, com as técnicas atuais, tornou-se um procedimento mais rápido e menos sofrido para os pacientes. "A média de internamento hospitalar são dois dias e o retorno às atividades profissionais que não exigem esforço físico é de três a quatro semanas", explica Grecca. "Além disso, o retorno às atividades físicas é possível. Certamente, ele varia entre cada paciente, mas é permitido após seis meses, em média", completa.
No Hospital Santa Cruz, um novo Serviço de Cirurgia da Coluna está sendo implantado, com o auxílio de dois cirurgiões ortopedistas e um ambulatório de coluna. "Daremos suporte e atendimento para qualquer problema de coluna, a qualquer hora do dia", afirma Grecca. O Serviço terá como auxílio o Setor de Imagens do Hospital que, com equipamentos modernos, como o Raio-X, Tomografia, Ressonância Magnética e Intensificador de Imagens, auxiliarão o cirurgião durante todo o tratamento dos pacientes, até o pós-operatório. Além disso, o Santa Cruz conta com o Serviço de Dor, que mantém uma relação estreita com o Serviço de Anestesia, permitindo um intenso acompanhamento do paciente, após a cirurgia, permitindo um pós-operatório indolor, ou, com pouquíssimas dores.
Para quem não pretende fazer uma cirurgia de coluna tão cedo, fica a dica de prevenção do especialista: "Praticar exercícios físicos regularmente", afirma. Segundo Grecca, as atividades físicas feitas sob orientação de um profissional competente, são a melhor forma de prevenir ou amenizar o sofrimento de doenças da coluna (Lide Multimídia - Assessoria de Imprensa).