Em meio à epidemia de obesidade que assola o Brasil e o mundo, cresce o volume de indicações cirúrgicas no combate a este mal que já é considerado um problema de saúde pública. Neste contexto, a técnica da banda gástrica, que consiste na introdução de uma cinta de silicone ajustável ao redor da parte superior do estômago, reduzindo o espaço para o alimento, apresenta resultados bastante positivos.
Com indicação para pessoas com Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 35, a banda limita a ingestão alimentar e estimula a saciedade precoce, proporcionando perda de 35 a 45% do excesso de peso. O dispositivo tem o beneficio de ser ajustável de acordo com a tolerância e desenvolvimento do processo de emagrecimento de cada paciente.
De acordo com o cirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica que atua no Hospital CECMI, dr. Denis Pajecki, "o procedimento é amplamente realizado nos EUA e Europa, assim como no Brasil, apresentando-se como uma solução eficiente em pacientes que já submeteram – sem sucesso – a todas as outras tentativas não cirúrgicas para o emagrecimento".
Podendo ser realizado por videolaparoscopia, que diminui os riscos de infecções e cirúrgicos, favorecendo a recuperação e a alta hospitalar mais rápida, a técnica ainda apresenta o benefício de ser reversível, em caso de alguma intolerância do paciente.
Dr. Denis explica que para a realização do procedimento, são necessárias diversas avaliações e orientações prévias, assim como acompanhamento constante após a colocação da banda, com equipe multidisciplinar, especialmente psicólogos e nutricionistas. "O paciente precisa estar comprometido e ciente de que mudará de forma importante seus hábitos de vida, por toda a vida, para que a cirurgia tenha sucesso".
Em geral a técnica atende a grande parte da população, sendo contra indicada apenas para pacientes que tenham sido submetidos a outros procedimentos cirúrgicos no estômago ou que apresentem alguma doença crônica em que sua imunidade possa ser comprometida pela nova dieta.
Complicações no pós-operatório são raras (sangramento ou infecção), especialmente quando realizadas em serviços especializados. Em longo prazo, pode ocorrer deslizamento ou erosão do dispositivo, que deve ser retirado pelo médico responsável (com BARUCO Comunicação Estratégica).