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Fertilização in vitro

Casais homoafetivos podem ter filhos por reprodução assistida

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
20 fev 2020 às 10:55

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- iStock
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A reprodução assistida é uma aliada daqueles que buscam ser pais, mas enfrentam problemas que necessitam do auxílio da ciência e do acompanhamento de um médico. Além do atendimento de casais héteros, a fertilização in vitro também pode tornar o sonho de parceiros homoafetivos se tornarem pais ou mães.

A cantora Ludmilla e a esposa, a bailarina Brunna Gonçalves, revelaram em janeiro que desejam ter o primeiro filho por meio da inseminação artificial. Brunna, de 28 anos, já revelou o desejo de ser mãe ainda este ano. Ludmilla e Brunna se casaram em dezembro de 2019, em uma cerimônia surpresa preparada pela cantora.

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Outro caso de famosos que utilizaram a reprodução assistida é o do humorista Paulo Gustavo e o marido, o dermatologista Thales Bretas. Para o casal, o sonho se tornou realidade em agosto de 2019, quando nasceram os filhos gêmeos Gael e Romeu. Os dois oficializaram o casamento em dezembro de 2015, e já haviam tentado ser pais uma vez, em 2017, mas a mulher que esperava gêmeos sofreu aborto. Paulo Gustavo e Thales escolheram ter os filhos nos Estados Unidos, onde a legislação permite a contratação de barrigas de aluguel - mulheres que são pagas para receber em seus ventres os filhos de outras pessoas.

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Desde 2013, uma resolução do Conselho Federal de Medicina permite, legalmente, que casais homoafetivos realizem o sonho de ter filhos no Brasil e disponibiliza tratamentos de reprodução assistida que possibilitem a gestação de um filho biológico. A fertilização in vitro é um procedimento válido tanto para casais femininos quanto masculinos.

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Diferenças nos procedimentos


Segundo Vinícius Stawinski, médico especialista em reprodução assistida, em casais femininos, é preciso que se obtenha sêmen doado através de um banco de sêmen com doador anônimo. "São duas possibilidades: existe a opção das parceiras participarem do processo - enquanto uma tem os óvulos fecundados, e a outra que continua a gravidez quando os embriões obtidos são colocados em seu útero. A outra opção é a escolha da parceira que terá os seus óvulos fecundados por espermatozoides doados e a mesma gesta o bebê", explica.

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Para casais masculinos, é necessário encontrar uma mulher que seja da família para ceder o útero e concretizar o processo de gestação, já que no Brasil somente é permitida a chamada "barriga solidária”.


"A doadora temporária do útero precisa fazer parte da família de algum dos parceiros num parentesco consanguíneo até o quarto grau", esclarece Stawinski. "O procedimento da fertilização in vitro segue o mesmo procedimento dos casais femininos. Porém, os óvulos serão obtidos de uma doadora anônima e, em seguida, os embriões serão transferidos para a doadora temporária de útero", acrescentou.

Pode-se optar por utilizar o sêmen de um dos dois ou de ambos. No caso de Paulo Gustavo e Thales, os dois fecundaram óvulos de doadoras e após a fecundação, foram implantados em duas barrigas de aluguel nos Estados Unidos.​


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