O Hospital do Idoso Zilda Arns inaugurará no próximo dia 14, Dia Mundial da Doação de Sangue, sua agência transfusional. A unidade deve reduzir em 70% o tempo para realização de transfusão de sangue em pacientes internados, além de elevar a segurança do procedimento.
Com a agência, o hospital terá capacidade de armazenar o sangue e seus derivados (como hemácias e plaquetas), além de fazer os testes de compatibilidade do material biológico do receptor e doador, monitorando a refrigeração e integridade dos componentes.
São cerca de 200 transfusões por mês, a maior parte em pacientes das Unidades de Terapia Intensiva. "O idoso apresenta um condição mais fragilizada de saúde o que o torna mais suscetível às transfusões", explica Larissa Savóia Assef, farmacêutica da agência.
Hoje, quando um paciente do Hospital do Idoso precisa realizar o procedimento, a equipe de enfermagem coleta uma amostra do sangue e encaminha ao Hospital do Trabalhador. Lá são feitos os testes de compatibilidade e a liberação do sangue. "A demora maior está no transporte das amostras e do sangue, o que leva em torno de 3 horas e poderia ser feito em até uma hora", afirma.
"A redução do tempo é importante, mas há outras vantagens como acompanhar, junto à equipe de enfermagem, a efusão do sangue, o quadro clínico do paciente – antes e depois da transfusão – e a conformidade dos sinais vitais e eventuais reações", descreve Larissa.
A abertura da agência transfusional exigiu um forte processo de treinamento. Os técnicos passaram por 15 dias de treinamentos no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) e três semanas no Hospital do Idoso.
A previsão é que até o final deste ano, a agência transfusional também atenda à Maternidade Bairro Novo.
Para conscientizar os funcionários e acompanhantes dos pacientes sobre a doação de sangue e de medula óssea, o Hospital do Idoso realizará palestras com profissionais do Hemepar nos dias 16 e 17, no seu auditório.