"O medo paralisa, nos impede de ir atrás dos nossos sonhos, de dar passos rumo aos nossos objetivos. Afinal de contas, e se nada der certo? E se eu sofrer? E se a resposta for não? O medo é, certamente, uma das emoções limitadoras, no corpo e na mente. E o pior: esse sentimento faz com que o nosso corpo libere hormônios que enfraquecem nossa fisiologia e enfraquecem a tomada de boas decisões. É uma questão fisiológica que não traz nada de bom para a saúde, pelo contrário, diminui a eficácia do sistema imunológico”. A explicação é de Frésia Sá, fisioterapeuta que encontrou na saúde integrativa a fórmula para atender seus pacientes de uma forma mais integral.
Segundo a profissional, os medos impedem que a saúde seja total e é preciso utilizar várias técnicas para descobrir o que nos impede de sermos felizes e de atingirmos uma saúde plena: "é preciso olhar o paciente como um todo, trabalhando mente e corpo, descobrir que traumas estão escondidos, que crenças estão enraizadas em seu subconsciente e que direcionam a situações não desejadas, sem que se tenha consciência disso”, enfatiza.
Para Frésia, é a partir daí que podemos entender os processos de geração de medo, de onde eles vêm e montar tratamentos que vão ajudar a eliminar, aos poucos, as causas primárias dessas emoções negativas. Mas ela lembra que, ao mesmo tempo, é preciso praticar a coragem: "eliminar nossos medos requer esforço, empenho e um desejo forte de mudança. Entretanto, essas duas vertentes, os tratamentos integrativos e o empenho pessoal, podem provocar maravilhas em nossas vidas”.
A especialista também lembra que tentar simplesmente negar os medos pode ser um desastre: "varrer para debaixo do tapete o que nos causa dor gera um acúmulo de emoções negativas que, quando resolve aparecer, pode causar não apenas dores, mas doenças crônicas. Daí vem os pânicos, as depressões, de emoções não tratadas quando acontecem”.
Então, lidar com o medo pode ser a melhor forma de seguir. Olhando para ele, entendendo de onde ele vem e por que ele acontece. E, segundo Frésia, usando um caminho integrativo, que possa gerar sentimentos como coragem, força de vontade, autoamor. "Assim, fica mais fácil, quando o medo bater - porque ele acontece, em menor e maior grau, para todo mundo, faz parte do nosso poder de autopreservação animal - lidar com ele como algo natural”, finaliza ela.