Tem se tornado comum, na rotina de um consultório, os pacientes se depararem com um dilema: meu problema sexual é psicológico ou físico? Afirmo que esta não é a pergunta que se deve fazer, pois nem todos os problemas sexuais são psicológicos, porém todo problema sexual desencadeia um quadro de ansiedade tal que pode gerar problemas psicológicos de grandes proporções. E está é a
questão.
As disfunções sexuais são um desafio para medicina. Primeiro não deve ser encarado como um problema banal, ou de vaidade masculina. Segundo não se deve dizer que o caso é só psicológico. A psicologia é talvez uns dos ramos da saúde de maior complexidade. Uma pessoa pode até adquirir um bom resultado num tratamento para um determinado tipo de disfunção, mas se não trabalhar o psicológico desse paciente, ele nunca vai adquirir a confiança necessária para ficar livre do companhamento do médico.
É importante lembrar que o homem ainda tem no funcionamento do pênis o seu medidor de masculinidade e potência. Vale lembrar que ainda está enraizada em nós, a ideia de que o homem não pode falhar. E a grande maioria dos homens tem um conceito a respeito de si, muito impiedoso, de que defeito tem os outros e ele não.
Com o advento dos "milagrosos" indutores de ereção, fez com que surgisse o seguinte pensamento:
"problema de ereção, é só tomar a milagrosa pílula azul que passa". Porém o uso desnecessário e/ou indiscriminado pode promover sérios problemas para o homem, inclusive psicológicos.
Ressalto que nunca se deve subestimar um homem com qualquer tipo de disfunção sexual, isso não é doença fácil. Em medicina, sempre vou defender quê: "Não existe doença fácil ou difícil. Existe é uma doença que está acometendo um indivíduo, com a sua própria particularidade". Ou seja, remédios ou tratamentos que respondem bem em uma pessoa, pode não responder bem em outra.
Por Dr. Carlos Eduardo Prado Costa - Médico Clinico Geral e membro da Sociedade
Internacional de Medicina Sexual