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Entenda por que as dores de cabeça estão mais frequentes na pandemia e saiba como tratar

Caroline Knup - Estagiária*
29 mai 2020 às 11:52
- Reprodução/Ivan Aleksic/Unsplash
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Maio é o mês nacional de combate à cefaleia. Popularmente conhecida como dor de cabeça, o problema está em sétimo lugar na lista de dores mais incapacitantes do mundo, segundo dados da SBCe (Sociedade Brasileira de Cefaleia). Os levantamentos da instituição mostram que as dores atingem, atualmente, cerca de 140 milhões de brasileiros.

Apesar de serem reunidas em um grande grupo, as dores de cabeça se dividem em centenas de tipos, que estão catalogados na Classificação Internacional de Cefaleia. "A mais comum e que quase todo mundo já sofreu algum dia é a cefaleia do tipo tensão. Estudos apontam que 95% da população brasileira teve ou tenha eventualmente esse tipo de dor de cabeça”, aponta Aline Vitali da Silva, médica neurologista e professora de medicina da UEL (Universidade Estadual de Londrina) e da PUC (Pontifícia Universidade Católica) – campus Londrina.

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De acordo com a neurologista, a cefaleia do tipo tensão é leve ou moderada e ocorre bilateralmente na cabeça, ou seja, do lado esquerdo e direito concomitantemente. A especialista explica que o principal fator que desencadeia esse tipo de dor é o estresse mental.

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O segundo tipo de cefaleia mais comum é a enxaqueca. Segundo Vitali, a enxaqueca é menos prevalente que a cefaleia do tipo tensão, mas é a dor forte mais comum e uma das principais causas de busca a atendimentos de emergência. "A enxaqueca afeta quase 15% da população mundial, é a 6ª causa de mais dias vividos com incapacidade e é a doença neurológica mais incapacitante”, conta a especialista, que alerta que as principais pacientes atingidas pela doença são as mulheres jovens.

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A neurologista afirma que a enxaqueca tem como características uma forte dor, geralmente latejante – como se fosse um coração batendo na cabeça –, pode ocorrer em apenas um dos lados da cabeça e, geralmente, é acompanhada por fonofobia – incômodo por barulho –, fotofobia – incômodo pela claridade –, náusea e vômitos.


A pandemia de Covid-19, de maneira geral, está causando mais dores de cabeça na população mundial. Conforme pontua Vitali, essas dores estão ocorrendo porque a pandemia gerou muitas mudanças na rotina das pessoas. Essas mudanças são gatilhos que desencadeiam a cefaleia do tipo tensão e, principalmente, a enxaqueca.

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"Todo mundo, em maior ou menor intensidade, sentiu ansiedade e medo com a Covid-19. Alguns se deprimiram com o isolamento. Outros estão muito estressados por questões financeiras. Ainda existem aqueles que sentem muito medo de serem contaminados pelo novo coronavírus. Esses aspectos emocionais são os principais desencadeantes de cefaleia do tipo tensão e da enxaqueca”, explica.


Apesar de a enxaqueca ser uma condição crônica, ou seja, não ter cura, existem tratamentos. Aline Vitali conta que os medicamentos para o tratamento da doença podem ser divididos em dois grupos: os profiláticos e os sintomáticos. O primeiro grupo – profiláticos – são destinados a diminuir a intensidade e a frequência das crises e, por isso, devem ser usados de forma contínua por, pelo menos, de seis meses a um ano.

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Já o segundo grupo – sintomáticos – são utilizados para tratar as crises. Esses medicamentos podem ser analgésicos simples, anti-inflamatórios ou substâncias mais específicas para a enxaqueca. "Todos os medicamentos devem ser escolhidos pelo médico de acordo com a gravidade da doença e as particularidades de cada paciente”, aponta a especialista.


A PUCPR – Campus Londrina conta com um Ambulatório de Cefaleia, do qual Aline Vitali é coordenadora. O espaço é destinado ao atendimento exclusivo de pacientes que sofrem com dores de cabeça. A maioria das consultas se destina a pacientes com enxaqueca.

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"Os atendimentos são feitos de forma a abordar todos os aspectos da dor, desde o suporte emocional, a prescrição de medicamentos profiláticos e orientações de estilo de vida saudável até procedimentos como o bloqueio anestésico para as dores”, explica a coordenadora do Ambulatório.


O Ambulatório de Cefaleia da instituição presta atendimentos todas as quintas-feiras pela manhã e os pacientes devem ser encaminhados por uma UBS (Unidade Básica de Saúde).

*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.


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