Apesar de o cenário de hospitalizações relativamente tranquilo se comparado com outras épocas da pandemia de coronavírus, especialistas alertam que a situação pode mudar e para pior com a escalada de confirmações da doença, impulsionada pela ômicron. O infectologista e médico do HU (Hospital Universitário) de Londrina, Marcos Tanita, ressaltou que no ano passado, a média era de 10% dos casos ativos necessitarem de internação. Atualmente, com recordes de cerca de 2.500 casos ativos, o percentual está menor.
Entretanto, por ser uma variante mais transmissível, mais pessoas doentes podem resultar em mais pacientes em leitos hospitalares. “Os 2.500 casos podem não ser o pico. Se chegar num pico de cinco, seis mil casos, isso vai começar a represar no hospital. O número bruto, se considerar 1% de seis mil, vai dar 60 pessoas. Isso representa um aumento muito grande em relação ao que temos agora”, advertiu.
Segundo o especialista, estudos têm indicado que o pico da ômicron em
outros países foi rápido, no entanto, extremamente alto. “Os Estados
Unidos tiveram mais de 800 mil casos positivos num único dia. Imagino
que talvez esse padrão deve se repetir no Brasil, com um pico maior que
outras ondas no passado. Se não tomarmos cuidado, usando máscara,
evitando aglomerações e, principalmente, em relação à vacina, esse pico
pode piorar aqui”, elencou.
Leia mais:
Brasil tem estabilidade de casos de dengue, mas especialistas alertam para aumento em breve
Custos de ultraprocessados e álcool ao SUS atingem R$ 28 bilhões por ano
Entre jogadores, 5% já venderam alguma coisa para apostar, segundo Datafolha
Acesso à internet pode melhorar a saúde mental de pessoas acima de 50 anos, diz estudo
Continue lendo na Folha de Londrina.