Cães e gatos podem desenvolver diversas doenças ao longo da vida. Alergia alimentar, diabetes, doença renal crônica e insuficiência cardíaca são alguns dos problemas de saúde que podem afetar e comprometer a qualidade de vida dos pets.
Assim como para os seres humanos, uma boa alimentação também é fundamental para manter a saúde dos bichanos e prevenir essas e outras doenças em todas as fases da vida. “Um alimento de alta qualidade é o principal responsável por fornecer importantes ingredientes que servem de base para o bom desenvolvimento do sistema de defesa do organismo. Ou seja, um animal mal nutrido fica muito mais vulnerável a enfermidades”, afirma o médico-veterinário Flavio Silva, supervisor de capacitação técnico-científica da PremieRpet.
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Com a doença já existente, é importante que o pet seja corretamente diagnosticado, tratado com o acompanhamento do médico-veterinário e tenha sua alimentação adaptada de acordo com suas necessidades.
Flavio Silva explica as doenças acima citadas, com dicas de como prevenir e tratá-las.
Alergia alimentar
A alergia alimentar é uma resposta imunológica à ingestão de um alimento, causando hipersensibilidade. Pode surgir em cães e gatos de todas as idades e raças.
Os sinais clínicos mais comuns são: coceira intensa, vermelhidão na pele e disfunções gastrointestinais, como vômitos e diarreia.
Não existe prevenção para a alergia alimentar. Por isso, é recomendado o acompanhamento médico contínuo para garantir o bem-estar do animal e a identificação rápida de qualquer alteração no organismo.
Com o acompanhamento veterinário, é fundamental substituir a dieta por um alimento hipoalergênico, com menor potencial de causar alergia e que reduza a possibilidade de ocorrência dos sintomas.
Diabetes
A diabetes está associada ao impedimento da insulina se ligar à célula ou à deficiência na produção de insulina, hormônio responsável pela regulação da glicose, principal fonte de energia do organismo.
Os sintomas mais frequentes em animais são: sede excessiva, maior produção de urina, aumento do apetite e perda de peso.
Apesar da diabetes ser predominante genética, no caso dos gatos, a prevenção pode ser feita controlando a alimentação do pet para evitar a obesidade.
O tratamento varia de acordo com o tipo de diabetes e o quadro de cada animal, por isso é imprescindível o acompanhamento de um profissional. Além da medicação com insulina, os alimentos coadjuvantes irão fornecer os nutrientes e calorias necessárias ao pet, além de minimizar as oscilações do açúcar no sangue e ajudar no controle do peso.
Doença renal crônica
A doença renal crônica é caracterizada pela perda da função dos rins e compromete a função de filtrar o sangue. É classificada em aguda ou crônica e pode surgir em cães e gatos, na maioria das vezes já idosos.
Os principais sintomas são: aumento da ingestão de água, aumento da frequência de micção e volume da urina, indisposição, falta de apetite, emagrecimento, vômitos e/ou diarreia com sangue e mau hálito.
O diagnóstico precoce é a melhor forma de prevenir os problemas renais. Além disso, hábitos saudáveis e uma boa alimentação são essenciais para diminuir a probabilidade de ocorrência da doença.
Pets com doença renal crônica moderada podem ser tratados em casa conforme orientação especializada, com medicamentos e dieta apropriada. A alimentação é um importante coadjuvante no tratamento e ajuda a diminuir a progressão da doença e proteger o tecido renal que ainda permanece saudável.
Insuficiência cardíaca congestiva
A insuficiência cardíaca congestiva, ou ICC, é a principal consequência das doenças cardíacas em cães e ocorre quando o coração não está bombeando sangue suficiente para atender às necessidades do organismo. Como resultado, pode ocorrer acúmulo de líquido nos pulmões, abdômen e em outros tecidos do corpo.
Tosse seca, dificuldade para respirar, cansaço, falta de apetite e perda de peso são os sintomas mais alarmantes e exigem avaliação do médico-veterinário.
A avaliação periódica com um veterinário é a principal medida preventiva, principalmente para os pets em idade mais avançada.
A nutrição clínica do cão cardiopata deve fornecer quantidades adequadas de proteínas para preservar a massa muscular, além de manter o sódio em níveis moderados para evitar que, em uma tentativa de compensar o problema cardíaco, o organismo comece a reter sódio e tentar aumentar a pressão sanguínea.
“Cada pet é único e tem necessidades específicas de acordo com sua faixa etária, porte, raça e estilo de vida. Por isso, é importante ter sempre o acompanhamento de um médico-veterinário e seguir as indicações medicamentosas e alimentares prescritas de acordo com o histórico de saúde do animal”, orienta Flavio.
A oferta abundante de água limpa e fresca, carinho, atenção e atividades também são imprescindíveis para a saúde e qualidade de vida dos pets.