Ataques por cães são a principal causa de acidentes entre leituristas e preocupam também outras classes trabalhadoras que atuam com visitas periódicas a domicílios, como água e saneamento, coleta de lixo e de resíduos recicláveis, correspondências e entregas.
A principal atitude que pode contribuir com a prevenção de acidentes é a guarda responsável dos animais, com espaço adequado e sem acesso aos transeuntes. Um dos riscos mais encontrados pelos leituristas é a instalação da caixa de correspondência virada para o interior do domicílio, ou em altura inadequada, ao alcance dos cães.
Outra situação de risco é a criação de animais em calçadas e terrenos abertos. De acordo com o responsável pelos serviços de leitura na Copel, Dihon Pereira Brandão, pessoas os alimentam regularmente e até instalam casa para animais soltos na rua. "O cão acaba entendendo aquela área como um território a ser defendido, e fica propenso a agredir qualquer pessoa que passe por ali", explica.
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Ele orienta os consumidores proprietários de cães a conhecerem a data de leitura prevista, indicada na conta de luz. Caso não seja possível manter o acesso seguro ao relógio de luz e à caixa de correspondência, é indicado prender o animal na data da leitura. Outra medida importante para preservar a segurança dos profissionais de diversas categorias é sinalizar a presença de cão através de placa.
Em 2020, foram registrados 21 acidentes por mordedura canina na Copel. Em 2021, foram nove casos até o momento. "As pessoas podem pensar que são apenas acidentes leves, mas isto não é verdade. No último ano tivemos até um caso de internamento em unidade de terapia intensiva em decorrência de um ataque".
Para evitar acidentes, além de buscar a conscientização dos moradores, a empresa investe em treinamentos, equipamentos de proteção, e possui um sistema de cadastro da presença dos cães, que serve de alerta para os colegas que farão a mesma rota de leitura em outras ocasiões. "Temos as responsabilidades previstas por lei, mas ter cuidado com os animais de estimação é acima de tudo uma questão de consciência e de respeito. E essa atenção precisa levar em conta também a segurança para profissões essenciais na nossa sociedade", afirma Dihon.