Um cachorro da raça labrador foi encontrado pelo dono após dez meses desaparecido em Londrina. O animal - que atende pelo nome de Jhony - havia fugido de casa e, em seguida, foi adotado por uma outra família, sendo "rebatizado" como George.
Quem conta a história é o primeiro dono do Jhony, Ariovaldo Barra Rosa de Oliveira, que teve que doar o cão a um amigo próximo, na Vila Casoni (centro de Londrina), já que o seu outro cachorro - Eros - não convivia bem com o novo mascote da casa. O incumbido de cuidar do labrador foi José Rosivaldo da Silva, que aceitou o apelo do amigo e presenteou a mãe, Tereza Diair da Silva, com o animal.
"Ela veio, viu o labrador, gostou e levou. Tratava como xodó. Só que ela teve que voltar para Portugal, porque ela morava lá e teve que resolver uns problemas de trabalho. Aí passou um tempo e o cachorro fugiu. Meu amigo tentou procurar, até colocou no Facebook. A mãe dele ficou sabendo lá de Portugal e ficou muito triste", relembra Oliveira.
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Passados dez meses de procuras incansáveis pelo labrador Jhony, os donos do animal já não tinham esperanças de encontrá-lo. Porém, ao trafegarem de moto pelo jardim Santa Mônica - na região norte de Londrina -, Silva e sua esposa avistaram o cão cruzando uma rua.
"Eles pararam e chamaram o Jhony, e ele atendeu. Eles se aproximaram do cachorro e começaram a brincar, e ele reconheceu. Aí, passou um tempo e chegou uma pessoa falando que era dona do cachorro. Aí eles falaram: 'não, esse cachorro é meu, fugiu de casa já faz um tempo. Olha como ele brinca, como ele senta e ele atende a gente'. Aí o rapaz confirmou que achou o Jhony há uns meses, mas que ia deixar levar", conta o amigo dos donos de Jhony.
Milagre
Também apegado ao labrador e não acreditando na história contada por seu amigo, Oliveira saiu de sua casa para comprovar com os seus próprios olhos o "milagre", como ele mesmo define.
"Quando ele chegou na minha casa e falou que tinha achado o cachorro, eu não acreditei e fui lá ver. Cheguei lá, o cachorro ouviu o barulho da minha moto, levantou e foi para o portão. Quando entrei, ele já pulou e fez a festa. Como fui eu quem ensinou ele a sentar e a dar a pata, eu fui testar e ele fez tudo o que eu ensinei", relembra.
Loteria da vida
Oliveira diz que a história é repleta de mistérios e coincidências. Uma delas é que a dona do labrador, Tereza da Silva, havia voltado de Portugal uma semana antes do seu filho reencontrar o cão. Outro fato citável são os nomes parecidos que o cachorro recebeu: Jhony e George. O ex-dono do labrador ressalta que tudo isso só aconteceu graças à "loteria da vida".
"Ele [Jhony] poderia ter descido a rua e ido para o outro lado. Ele poderia ter fugido cinco minutos antes ou depois e desencontrado, mas foi muita coincidência. Foi a loteria da vida", conclui.
*Sob supervisão de Fernanda Circhia
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