Uma cena curiosa marcou a assinatura de um projeto de lei em Florianópolis para custear tratamento de cães com leishmaniose tutorados por famílias carentes. Quem ajudou a assinar o papel foi a cachorra Many, que participou da cerimônia e colocou suas "digitais" no papel.
A presença da cachorra foi uma estratégia para dar visibilidade ao projeto de lei enviado pelo prefeito Gean Loureiro (DEM) à Câmara de Vereadores. A cachorra é da autora do projeto de lei, a vereadora Priscila Fernandes (Podemos).
Segundo a prefeitura, atualmente as famílias que não conseguem o tratamento recorrem à eutanásia. O projeto de lei visa custear o tratamento de cães com a doença de famílias que ganham até três salários mínimos, cerca de R$ 3,3 mil, nos valores atuais.
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O vetor da leishmaniose visceral é o mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis) infectado pelo protozoário Leishmania chagasi e afeta tanto animais como seres humanos.
Esse mosquito, muito menor do que uma muriçoca, faz o seu ciclo de reprodução na matéria orgânica em decomposição no solo, como frutas, folhas e fezes de pessoas e animais. São mosquitos que não dão voos, mas saltos, e a fêmea faz repasto sanguíneo.
Para saciar essa necessidade de sangue, ela busca uma fonte animal ou humana. Normalmente, no meio urbano, a fonte animal é o cão, que é extremamente sensível e vulnerável à ocorrência leishmanionse visceral. A doença é muito letal na população canina.
O tratamento é considerado complexo porque o tutor do animal deverá dedicar-se a à recuperação do cão enquanto o bichinho viver. Alguns animais respondem de forma satisfatória ao tratamento, e outros, não.