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Morte de animais envenenados assusta e preocupa tutores em Londrina

06 set 2022 às 18:38

A notícia de que animais estariam sendo envenenados em Londrina se espalhou rapidamente nos últimos dias, preocupando moradores de várias regiões da cidade. Segundo a Diretoria de Bem-Estar Animal da Sema (Secretaria Municipal do Ambiente), há cerca de 15 dias o órgão vem recebendo denúncias de envenenamento.


“Foram quatro denúncias. Na avenida dos Pioneiros (zona leste), moradores de um condomínio fechado encontraram cabeças de peixe supostamente com chumbinho (produto clandestino utilizado como raticida), que teriam sido jogadas de área externa, ocasionando a morte de três gatos. Próximo ao aeroporto, recebemos outra denúncia de mais cabeças de peixe encontradas nas ruas. Trata-se de uma região com muitos gatos”, diz Esther Romero Jandre, diretora de Bem-Estar Animal.


Também houve denúncia da morte de três cachorros no Vivi Xavier (zona norte) e da morte de um gato na Gleba Palhano (zona sul), mas segundo Jandre, a causa da morte ainda não fori confirmada.


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Pedaços de carne


No bairro nobre da cidade, a Gleba Palhano, moradores têm encontrados pedaços de carne crua nas ruas e praças. “Cheguei a encontrar vários pedaços de carne no gramado que fica na lateral da calçada. Estamos tentando reunir imagens nas câmeras em busca de alguma ação suspeita. Na minha opinião, é um protesto em relação às sujeiras dos animais que, às vezes, não são recolhida pelos donos”, comenta Silvia Dellaroza Beraldi, que possui quatro cachorros e se diz insegura de passear com os animais pelo bairro.


Em uma das praças da Gleba Palhano, bastante frequentada por famílias que possuem animais de estimação, também foi encontrado um pedaço de carne crua. Motivo suficiente para acender o alerta entre os moradores. “Estão falando que a carne tinha chumbinho. Ainda não sabemos se estava envenenada ou não, mas esse tipo de notícia serve como um alerta. Aqui é um lugar muito frequentado por cachorros e todo mundo está mais atento”, diz Juliana Sayuri Tayama, que passeia diariamente na praça com seus dois cachorros.


Vinícius Leite também frequenta a praça diariamente com "Meg" e diz que ficou sabendo da notícia por mensagens de WhatsApp. "Isso deixa a gente mais esperto. A Meg já tem idade avançada e sempre passeou sozinha, sem coleira, mas agora venho prestando mais atenção no que ela tem encontrado pelo caminho", afirma.


O zelador da praça, Antônio do Vale, disse à reportagem que encontrou um pedaço de carne espetado em um palito, dias atrás. “É muito estranho. Com tanto lixo disponível ao redor da praça, por que alguém iria jogar o lixo no chão? Todo mundo está preocupado com essas notícias. Ninguém deixou de passear com os bichinhos, mas nos últimos dias vejo muito mais os cachorros presos nas coleiras”, comenta.


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