A cena de animais com o focinho para fora da janela do carro é cada vez mais comum nas ruas da cidade. Afinal de contas, os bichanos já são encarados como membros da família e acompanham os donos por todos os cantos. O problema, segundo o diretor de Trânsito da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), major Sérgio Dalbem, é que os riscos de acidentes aumentam consideravelmente.
"O animal solto possibilita a distração do condutor e o trânsito é uma caixinha de surpresas. Em muitas situações o condutor não tem domínio sobre os acontecimentos como, por exemplo, em uma batida traseira”, explica.
Apesar de a CMTU não ter uma fiscalização específica sobre animais no trânsito, o órgão registrou neste ano 201 condutores dirigindo com animais à sua esquerda ou entre braços e pernas (Art. 252 do Código de Trânsito Brasileiro). Um aumento de 164% em relação aos registros (76) de 2019.
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"Todos devem considerar não só o risco aos condutores e pedestres, mas também para o animal. Solto, ele pode se machucar a qualquer freada mais brusca e ao permanecer com a cabeça para fora da janela, ele está sujeito a sofrer danos nos olhos. É o mesmo risco dos motociclistas que usam capacetes sem viseira. Os olhos ficam expostos a insetos, poeira e outros acidentes”, diz.