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Cães e gatos podem ser doadores de sangue

27 nov 2024 às 06:00

Animais doentes ou que sofreram acidente podem precisar de transfusão de sangue para sobreviver. Para isso, precisam da solidariedade de outros pets e de seus tutores.


Cães e gatos podem ser doadores. O procedimento é simples e seguro, afirma Simone Gonçalves, médica veterinária hematologista e diretora do Pet Care Hemovet.


Estar com a vacinação atualizada e a saúde estável são alguns dos requisitos para ser um doador. Mas não é só isso. Fatores como peso e idade são levados em conta (veja abaixo).


Anualmente, o 25 de novembro é lembrado como o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, data que se estende aos pets. Diariamente, cães e gatos passam por transfusões para tratar problemas como anemia e doenças transmitidas por pulgas e carrapatos, além de casos de emergência, como atropelamentos e até picadas de cobra.

QUEM PODE DOAR E COMO É A COLETA


- Ter de um a oito anos;
- Pesar, no mínimo, 27 quilos no caso dos cães e, no mínimo, quatro quilos no caso de gatos;
- Ter temperamento dócil;
- Estar com vacinação e vermifugação atualizadas;
- Fêmeas não podem estar prenhas, amamentando ou no cio;
- Ter controle de pulgas e carrapatos;
- Não apresentar doença ou já ter passado por transfusão.


Segundo o Pet Care Hemovet, o procedimento dura cerca de cinco minutos, e o sangue coletado é armazenado para futuros atendimentos de emergência.


Antes da doação, o pet passa por exames para atestar a saúde e minimizar qualquer risco de transmissão de doenças e, em troca, recebe um check-up completo, incluindo hemograma, função renal, leishmaniose e dirofilariose -conhecida como verme do coração, a doença é grave e pode ser assintomática por muito tempo, dificultando o diagnóstico.


Cães e gatos possuem vários grupos sanguíneos diferentes, e esse processo também identifica o tipo principal do pet doador.


A coleta no Pet Care Hemovet deve ser agendada. A única recomendação, de acordo com a veterinária, é manter o pet em jejum por 4 horas antes da doação para evitar acúmulo de gordura, o que pode comprometer alguns componentes sanguíneos.


CAMPANHA


Assim como acontece nos hemocentros humanos, conscientizar e atrair doadores é missão dos bancos de sangue veterinários, que tentam manter estoques mínimos.


Uma das campanhas com essa finalidade é o Projeto Pet Doador, que acontece em cidades como Fortaleza, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Florianópolis, promovida pelo Laboratório Vetex e com parceria de empresas como a BRF Pet.


De acordo com a marca, um animal de estimação pode fazer quatro doações de sangue por ano e, com isso, salvar até 12 vidas.


"Uma bolsa de sangue não salva apenas uma vida, porque as coletas são fracionadas em hemocomponentes, então o pet pode ajudar vários outros animais com uma só doação", explica a médica-veterinária da BRF Pet, Mayara Andrade.


No caso do Projeto Pet Doador, para participar da campanha basta entrar em contato com uma unidade do laboratório Vetex.



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