A Polícia Militar do Paraná (PMPR) registrou 29 acionamentos envolvendo torcedores durante o jogo entre o Atlético-PR e Coritiba, pela final do Campeonato Paranaense, domingo (12), no Couto Pereira, em Curitiba.
As ocorrências foram: uma de provocação de tumulto, quatro de rixa (desentendimento), aum de dano, quatro de via de fato, uma por perturbação do trabalho ou sossego alheio, duas por lesão corporal, uma por disparo de arma de fogo, cinco a apurar, duas solicitações de policiamento presença e oito abordagens a suspeitos.
Em uma das ocorrências, na rua Lucas de Carvalho, no Campo do Santana, houve ferimento de arma de fogo, mas, segundo a PM, não envolveu torcedores. "Neste caso, a equipe policial foi acionada, por volta das 15h17, para verificar uma ocorrência, em que suspeitos, vestindo trajes comuns, teriam efetuado disparos de arma de fogo ao saírem correndo de dentro de um ônibus", disse o major Iberaci Aparecido Pontes, Subcomandante do 12º BPM.
Os policiais foram até o local e localizaram um jovem de 21 anos, vestindo uma camiseta da torcida Império, já em óbito com três disparos feitos, sendo dois na região do peito e um no rosto. Os disparos teriam sido feitos, provavelmente, por uma arma de fogo calibre 38.
Antes do jogo, por volta das 13h10, os policiais realizaram a abordagem de membros da torcida do Coritiba que estariam no terminal de ônibus do Caiuá efetuando algazarra, quebrando o local, e entrando sem pagar. Por volta das 16h44, a equipe policial foi acionada até a rua Augusto Hauer, no Pilarzinho, após torcedores do Atlético atacarem uma residência onde haviam torcedores do Coritiba, atirando tijolos, pedaços de madeira e rojões.
Na rua José Gilmar carneiro, no Xaxim, por volta das 18h01, também foi realizada a abordagem de torcedores do Atlético que estariam ameaçando pedestres e inclusive realizando perseguições em um veículo Marea na cor azul. Pouco tempo depois, por volta das 18h21, os policiais se deslocaram até a rua Marcos Mocellin com Manoel Ribas onde cerca de 200 torcedores do Atlético estariam promovendo a desordem.
Por volta das 19h14, os policiais se deslocaram até a rua Benjamin Cossebon, em São José dos Pinhais, onde segundo informações torcedores do Coritiba estariam efetuando disparos de arma de fogo contra torcedores do Atlético.
A operação envolveu cerca de 900 policiais militares, que foram distribuídos em Curitiba e na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), em posições estratégicas por toda a área onde ocorreu a partida e nas principais vias de acesso ao estádio. O planejamento foi feito pelo 1° Comando Regional da PM (1° CRPM), sendo executado pelo 12° BPM.
O policiamento contou com 18 pontos de bloqueio nas proximidades do estádio, área interna e externa, policiamento em pontos estratégicos da cidade e fiscalização em terminais, estações tubos, e locais com aglomeração de pessoas.
Além da Polícia Militar, a organização para a segurança da partida recebe apoio da Guarda Municipal, do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), do Regimento de Polícia Montada (RPMon), do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) e do Grupamento Aéreo Policial (GRAER).