Falta de reconhecimento, mínimas perspectivas de futuro e baixa motivação são alguns dos motivos que levam muitos profissionais a decidirem buscar uma nova empresa para trabalhar. Entretanto, qual é o momento ideal para tomar esta decisão e o que precisa ser levado em consideração nesta hora?
Primeiramente, é fundamental avaliar os reais motivos da insatisfação, pois ter problemas de relacionamento com o chefe é muito diferente de não gostar das funções que vêm executando. Dados de uma pesquisa conduzida nos EUA pelo instituto Gallup apontaram que 66% dos norte-americanos pedem demissão de seus chefes e não da empresa onde trabalham, isto é, estão procurando "fugir" de uma desgastada relação com o seu superior hierárquico.
Outro fator que merece destaque é que muitas pessoas trocam de empresa com a perspectiva de melhores oportunidades, mas acabam esquecendo que trabalhar numa nova organização pode exigir que se tenha de aprender tudo sobre um segmento de mercado desconhecido até então, algo nem sempre rápido, muito menos fácil.
Além do mais, é possível dar uma grande guinada na carreira assumindo novas responsabilidades ou atribuições dentro da própria organização atual. Todavia, como geralmente estas novas funções exigirão também novas competências – que nem sempre o profissional domina –, não se pode ficar aguardando o primeiro passo partir da organização, pois o mercado de trabalho é implacável com quem não investe em sua carreira.
Só que também há vantagens para quem inicia uma nova empreitada profissional e conhece aquilo que todo mundo deveria saber antes de aceitar uma proposta de trabalho. Coisas como o conceito da companhia no mercado, como têm sido os seus resultados financeiros nos últimos anos, se o ambiente de trabalho é agradável e as possibilidades de desenvolvimento ofertadas para quem já está lá há certo tempo.
Não esquecendo também que as organizações de pequeno porte são menos glamourosas do que as grandes empresas, mas em contrapartida conferem inúmeras condições para alguém mostrar a sua real capacidade e valorizar o passe num contrato futuro. Algo semelhante àquilo que acontece com os jogadores de futebol, por exemplo.
É é claro, não se pode tapar o sol com a peneira. Avaliar se a remuneração e os benefícios ofertados têm a atratividade desejada – e necessária – pode evitar uma escolha malfeita que resultaria em muitos problemas em todos os campos da vida. Viver apenas pensando em dinheiro não dá, mas esquecer de avaliar o possível retorno financeiro é um erro gravíssimo.
Em suma, deve-se evitar a empolgação demasiada frente às perspectivas que uma mudança de ares pode oferecer antes de se pesar todos os prós e contras de tal decisão. Muita gente acaba se arrependendo logo depois, mas já não é possível retornar à empresa onde trabalhava, pois alguém ocupou o seu lugar.
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Wellington Moreira
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