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Fuja dos arquétipos

A timidez é um obstáculo para a liderança?

Equipe Caput
17 ago 2016 às 16:59

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Quando nos deparamos com executivos ou políticos bem-sucedidos como Mark Zuckerberg, fundador do Facebook; Larry Page, cofundador do Google; Barack Obama, presidente dos Estados Unidos (EUA); e Hillary Clinton, candidata democrata à presidência dos EUA, jamais imaginamos que todos eles sofrem de um problema bastante comum: a timidez. Isso porque tendemos a ver pessoas introvertidas como fracas e inseguras, principalmente em posições de liderança.

Leia mais sobre o assunto Liderança no blog da Caput.

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O arquétipo de grandes líderes é aquele de pessoas fortes, extrovertidas, falantes. Mas a realidade é que nem sempre todas essas características farão de alguém um bom gestor e é possível sim pessoas tímidas se darem bem em posições de liderança. Por isso, não desista de investir naquele colaborador que demonstra muito conhecimento, dedicação e habilidades técnicas, porém pouca competência no trato com pessoas.

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Mas você pode estar se perguntando: como liderar sem traquejo social? Já falamos sobre a importância da comunicação clara e assertiva entre os líderes e suas equipes. É por isso que, para promover a gestor um profissional introvertido, a sua empresa precisará desenvolver nele a capacidade de ser "ambivertido" — ou seja, extrovertido ou introvertido de acordo com cada situação.

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Foi exatamente o que fez o famoso megainvestidor e CEO da Berkshire Hathaway, Warren Buffett. Ele soube desde cedo que tinha o intelecto, mas não a personalidade exigida para vencer no mundo dos negócios. Por isso, matriculou-se em um curso baseado no livro "Como ganhar amigos e influenciar pessoas", de Dale Carnegie. Ele precisava perder o pavor de falar em público e, com bastante esforço, conseguiu.


Contudo, é importante destacar que os tímidos não são indicados para ocupar certos cargos. A introversão pode não ser algo tão limitador quando se está numa posição executiva – já que o trabalho se resume, basicamente, em lidar com questões estratégicas, que não exigem tanto trato social. Ao contrário do que ocorre na média gerência, em que é imprescindível fazer uso de habilidades interpessoais a todo momento.

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Supervisores, coordenadores e gerentes que cumprem seu papel com primazia geralmente são bons comunicadores. Conseguem fazer com que suas equipes aceitem mudanças que não seriam possíveis se eles simplesmente ficassem quietos em seus lugares.


Agora, se o trabalho em questão requer a capacidade de gerenciar processos e/ou operações, as chances de o introvertido se sair bem como líder são grandes. Afinal, os tímidos costumam se revelar pessoas extremamente analíticas e possuem a grande vantagem de não pecar por falar demais.

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Não custa lembrar que o indiano Mahatma Gandhi sofria de uma timidez excessiva, porém isso não impediu que ele deixasse um grande legado como líder e pacifista. Ele tinha o perfil certo para encarar os desafios do seu tempo – libertar o país da dominação britânica e lutar por justiça. Portanto, o ideal é a empresa sempre avaliar o grau de timidez e o cargo de liderança que se pretende oferecer a profissionais tímidos.


Mas, afinal, como desenvolvê-los para a liderança?

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Sua empresa pode começar o trabalho promovendo um bom curso de oratória. Também pode estimular os colaboradores com timidez excessiva a participarem de oficinas de teatro e aulas de dança de salão para que eles aprendam a lidar com situações nas quais se sentem expostos e inseguros. Aliás, pessoas tímidas geralmente se fecham por temerem reprovação social.


Ainda, que tal pedir a eles que preparem apresentações para a equipe de trabalho da área ou mesmo que comecem a dar aulas em universidades? Isso vai ajudá-los a ganhar certo traquejo social para lidar com situações parecidas com aquelas que eles enfrentam no dia a dia de trabalho.


Claro que você não vai conseguir fazer com que estes profissionais mudem suas personalidades da "água para o vinho", de uma hora para a outra. É com muito treinamento e conversa que, aos poucos, conseguirá fazer com que a timidez deles não seja mais um grande obstáculo no trabalho. É importante ter paciência, afinal, desenvolvimento não combina com pressa.

Sua empresa tem dado chances para profissionais tímidos decolarem em suas carreiras?


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