Nos últimos anos, várias empresas cresceram extraordinariamente, enquanto outras estacionaram ou fracassaram. Algumas dessas companhias detectaram oportunidades, gerando mudanças, outras deixaram o tempo passar e não visionaram o futuro.
Precisamos entender que o desempenho obtido em dada empresa depende de quais ações são adotadas por ela e, principalmente, da percepção que seus gestores possuem acerca das oportunidades. É por isto que os principais líderes não podem se envolver totalmente na operação do dia a dia para apagar incêndios e perderem a capacidade de acompanhar continuamente as mudanças que ocorrem no ambiente externo.
Além disto, para elaborarmos um bom planejamento estratégico, que já faz parte das melhores práticas organizacionais, precisamos desenvolver a capacidade de pensar estrategicamente. Não podemos analisar os dados do passado sem olhar para o futuro, tampouco deixar de ter competência e visão nesse ambiente de constante transformação.
É provável que nenhuma empresa tenha previsto no seu planejamento estratégico a recente crise econômica mundial, mas aquelas mais flexíveis, detectaram, analisaram e atenderam necessidades que surgiram em virtude desses problemas econômicos.
O pensamento estratégico destina-se justamente à compreensão das relações entre os contextos internos e externos da empresa, suas ações, seu desempenho e não pode ser um exercício executado uma vez ao ano, mas sim uma constante na organização e na vida dos seus gestores. Portanto, deve estar enraizado na cultura, nas rotinas e na estrutura organizacional, caso contrário o planejamento estratégico poderá ficar condicionado apenas à alocação de recursos e seremos pouco flexíveis em caso de necessidade.
O argumento de que "as coisas estão acontecendo rápido demais para se pensar em estratégia" é, em muitos casos, uma desculpa para a ausência do pensamento estratégico. É necessário que exista uma consistência de comportamento ao longo do tempo, inclusive no desenvolvimento de equipes que gerem resultados dentro dos mesmos princípios.
É muito importante que os gestores entendam que as ações serão muito mais consistentes se existir uma maturidade estratégica na organização e que isso é uma questão de sobrevivência diante do ambiente competitivo no qual suas companhias atuam.
Não podemos deixar nossos planos de lado diante dos primeiros problemas e de uma cultura organizacional ultrapassada. É preciso ter uma visão clara do futuro e dos caminhos a serem seguidos.
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