Muitas pessoas aguardam 2015 com um certo pessimismo no olhar e nas atitudes, afinal 2014 fechou com um crescimento do PIB próximo a zero, a expectativa para o ano que está começando não supera 1% e o brasileiro é fatalista como ninguém diante de previsões desanimadoras.
No entanto, sempre é bom lembrar que o PIB apenas compara a produção de riquezas de uma nação com ela mesma a cada doze meses. Ou seja, se você e a sua empresa não optaram pelo caminho da mediocridade e ainda há espaço para crescer no mercado em que atuam, então não há o que temer e sim o que fazer.
Períodos como esse são ótimos para que pessoas e empresas descubram a real capacidade que têm de se reinventar, comecem a olhar seu mercado com uma profundidade maior e minimizem a arrogância típica de todos aqueles que se consideravam supremos ou invencíveis até pouco tempo atrás. Faz com que os sonolentos despertem do piloto automático.
Ao mesmo tempo, as crises têm o poder de revelar quem realmente é bom de verdade. Quando se vive um período de intenso crescimento, mesmo aqueles que são medianos colhem bons resultados e daí fica difícil reconhecer a diferença entre quem é competente e os demais que apenas tiveram uma baita sorte.
Tempos difíceis também provam a real capacidade de quem está à frente das organizações. Pode analisar: a maior parte dos líderes que marcaram o seu nome na história, como Nelson Mandela e Gandhi, foram agentes da mudança quando seu país passava por uma grave crise econômica, havia tensão social ou estava em guerra. Alcançaram resultados fantásticos em momentos nos quais o risco do fracasso era bem maior do que as probabilidades de sucesso.
Creio que 2015 será um excelente ano para ousar porque períodos turbulentos fazem com que muita gente aporte o seu navio no cais esperando a tempestade passar e quem decide navegar em águas revoltas correndo riscos calculados geralmente está quilômetros à frente quando os retardatários começam a ligar os motores e ainda precisam de tempo até atingirem a velocidade de cruzeiro.
Só que além de enxotar o pessimismo e ser ousado, dedique tempo para planejar suas ações e colocá-las em prática. Atendo uma empresa de serviços na qual o mercado de referência encolheu 20% em todo o país durante esse ano e assim mesmo ela conseguiu o feito de crescer 30% no mesmo período. Qual a receita? Adotou uma estratégia comercial mais agressiva, enquanto que os concorrentes ainda esperam dias melhores.
Outro grande exemplo de que o mercado nem sempre define os resultados de uma empresa é a Hyundai. Até setembro de 2014 a queda acumulada nas vendas de automóveis no Brasil era de 9,1%. Nesse mesmo período a montadora coreana cresceu 10%, sendo aquela que mais vendeu veículos entre as cinquenta competidoras que atuam no mercado nacional e uma das únicas três a comercializar mais que na mesma época do ano passado, quando os números foram positivos para a imensa maioria.
Empresas que ficam presas ao seu velho jeito de fazer as coisas, cultivam valores exageradamente conservadores e são lentas para mudar suas estratégias realmente passarão dias difíceis não apenas no próximo ano e, é claro, continuarão a culpar as crises macroeconômicas. Mapping, Mesbla, G. Aronson, Arapuã, Vasp e Transbrasil são apenas algumas daquelas que não me deixam mentir.
2015 não será um ano para crescer por acaso, pois marcará o sucesso daqueles que fazem por merecer seus resultados, como já vivenciamos em 2009. De quem sabe esperar pelo inesperado e já decidiu como agir há um bom tempo. De quem mantém o otimismo e, principalmente, constrói o futuro que quer viver a cada dia. De quem não se faz vítima das circunstâncias, como lembra a conhecida canção do Lulu Santos.
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