A origem do crepe é antiga e controversa, reivindicada por diferentes países. O nome deriva do termo latim crupus, que significa enrolado. Os italianos chamam de crespelle, os norte-americanos de pancake, os russos de blinis e os judeus de blintzes.
Antigamente, eram assados em pedra quente e, posteriormente, passaram a ser preparados em chapa redonda sobre o fogo. Há indícios de que suas raízes estejam no pão indiano chapati e nas panquecas chinesas. Mas os primeiros registros foram feitos no século I, pelo gastrônomo romano Marco Gávio Apício. Cozidos em ferro quente, iam à mesa com mel e pimenta.
Outra lenda credita a origem do crepe a um acidente culinário. Uma mulher, involuntariamente, derramou um pouco de mingau de farinha integral e não refinada no fogão e percebeu como o produto cozinhava rápido, era fácil de virar e ficava muito saboroso. A partir daí, surgia mais uma opção de alimento.
Os crepes sempre estiveram presentes em muitas regiões da Europa e podem ser feitos com vários tipos de grãos: arroz, trigo, milho, entre outros. A primeira receita de crepe foi encontrada na França em 1390 no livro "Manger de Paris". O autor explicava como fazer crepes à base de farinha de trigo integral, ovos, água, sal e vinho. A mistura era cozida com banha de porco e manteiga e polvilhada com açúcar antes de ser servida.
Com o prestígio em alta, novas receitas de crepes foram surgindo. A mais famosa refere-se a uma invenção do chef francês Henri Charpentier, datada de 1896. Trata-se de uma combinação de crepe enrolado com molho de laranja, flambado à frente do cliente. A receita foi batizada com o nome da acompanhante do príncipe Edward, de Gales: Crepe Suzette. A sobremesa virou símbolo de luxo e sofisticação e é reproduzida em milhares de restaurantes.
No Brasil, as creperias surgiram em várias cidades, tornando-se uma opção de refeição leve e popular. O clima tropical e a receptividade nacional a novidades ajudaram na rápida proliferação destes estabelecimentos.
A grande aceitação deve-se também à versatilidade do alimento, que pode incorporar novos ingredientes e adaptar-se à cultura local. O cliente pode escolher entre crepes doces ou salgados, quentes ou frios, grandes ou miniaturas, dobrados ou enrolados, abertos ou no palito, com recheios picados ou desfiados, pastosos ou cremosos.
Os crepes franceses são, normalmente, servidos em pratos. Os crepes suíços são assados e servidos no palito. No prato ou no palito, o crepe já ocupou o seu espaço no paladar do brasileiro.
Em Londrina o Crepe Francês MLC é iniciativa de Moyses Leme Caldarelli e sua esposa, Maria Lucia de Meira Caldarelli. Depois de 12 anos trabalhando e morando na Europa eles voltaram ao Brasil com a ideia de abrir um estabelecimento e oferecer este delicioso quitute.
Em sua passagem por Paris, na França, se especializaram na produção do crepe francês com cursos e práticas na área. Seu "food truck" já faz sucesso em Londrina agradando o paladar de um jeitinho bem brasileiro.
O food truck oferece crepes doces e salgados, que custam de R$ 6,00 à R$ 9,50. As iguarias têm diversos tipos de recheios, como queijos, tomate, lombo, frango, palmito, entre outros; nos crepes doces, destacam-se os de chocolate, Nutella com morango, goiabada e banana.
O Crepe Francês MLC fica na Travessa Padre Eugênio Herter, ao lado da Catedral e está aberto de segunda a sexta, das 8h às 18h, e aos sábados pela manhã.