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Em Curitiba, um cantinho cheio de sabor e sentimentos

03 jun 2009 às 08:44

Dos sonhos de criança, a servidora municipal aposentada Roseli Carta Bressan realizou um deles. Há três anos, inaugurou um café colonial que batizou de Cantinho da Roseli, no bairro Capão da Imbuia. A casa, antiga residência dela, foi toda reformada e ganhou decoração minuciosa e lúdica. As paredes, assim como a dona, são cheias de sentimentos. O que se deve aos enfeites pendurados nelas: bonecas, quadros, bichinhos, suvenires e lembranças de muitas andanças de Roseli pelo País. Do lado de fora, uma "casinha de bonecas" é uma atração à parte e guarda o artesanato produzido pela aposentada.

"Eu brinco que isso aqui foi uma mentira que virou uma grande verdade, porque inauguramos no dia primeiro de abril. Mas, de fato, esse espaço é um sonho de infância que pude realizar adulta. A decoração com bonecas, toda colorida e essa casinha aqui fora foi um desejo da Roseli criança. E acho que é por isso que as pessoas se sentem tão bem aqui, porque encontram aconchego, um ambiente familiar", aposta Roseli, 58 anos, que toca o negócio junto com a filha, Andressa Bressan, 30.



Na entrada do Cantinho da Roseli, a clientela pode escolher a louça organizada numa antiga cristaleira e já começar a saborear o café colonial. Na primeira bancada, ficam expostos 12 tipos de tortas e bolos doces, além dos cafés, sucos e chás. Roseli resgata receitas da vovó, como as tortas de ricota e banana, pudim de leite e caçarola italiana, bolos de morango, limão, ameixa, nozes, coco e rocambole de chocolate.


Num segundo ambiente, há caldeirões com canja e sopa de feijão, pães de leite, torradas, quibe cru e pão sírio, salsicha com molho de tomate, carne de panela e de porco e mais uma dezena de tortas salgadas, quiches e sanduíche gelado. Muitas tortas ainda estão assando quando a clientela chega ao local. O aroma da comida quentinha e café passado na hora torna-se um convite irrecusável à gula.


"Tudo é servido fresquinho, preparamos no dia. Criamos o cardápio em cima do perfil do cliente, mas não trabalhamos com frituras. Já adaptamos cardápio para vegetarianos e adventistas. Quando o grupo é, na maioria, da terceira idade, fazemos pratos menos gordurosos", explica Roseli. Outro diferencial do café colonial da Roseli é que os clientes podem circular em todos os ambientes da casa, com cerca de 110 metros quadrados, inclusive na cozinha.


Diego Singh/Equipe Folha

"As pessoas podem vir na cozinha e até preparar a bebida que desejam, conferir onde preparamos tudo, a limpeza, a organização. É como se estivessem em casa, sem restrição de ir e vir", explica Andressa, lembrando que, na parte externa da casa, os clientes também têm a opção de comer no jardim de inverno decorado com a mesma meiguice do resto da casa. "Não colocamos aparelho de som nem televisão justamente para as pessoas aproveitarem o momento para se relacionarem, colocarem a conversa em dia", sugere Andressa.


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