Nativo do México e América Central, o tomate é na verdade uma fruta (sim, fruta!) da família das Solanáceas, que já era cultivado pelos Astecas e Incas em 700 a.C. No século 16, quando a fruta chegou à Europa, acreditava-se primeiramente, que fosse venenosa. Porém, no final do século 18, o tomate já havia sido adicionado como ingrediente fundamental das receitas de pizza, que ganhou popularidade em Nápoles.
O tomate é uma das hortaliças mais consumidas no mundo. Existem milhares pratos em que essa hortaliça aparece como ingrediente principal, o que lhe confere um papel de destaque na gastronomia mundial. Extremamente versátil, o tomate é facilmente combinado com outros ingredientes, como o manjericão, o alho, a cebola, o tomilho, o orégano, as pimentas, os queijos, os ovos e sabores à base de carnes.
Há muitas variedades de tomates, que se diferem pelo tamanho, sabor, cor ou consistência. Pode ser comido cru, em saladas, em sucos, além de poder ser usado como complemento e tempero de inúmeros tipos de pratos. Outra ventagem do tomate é a de conter baixo teor de calorias, somente cerca de 35 calorias por um tomate de tamanho médio.
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Até pouco tempo essa fruta assumia uma posição bem humilde em termos de propriedades nutricionais e valores funcionais. Entretanto, nos últimos anos as pesquisas científicas mostraram que seus poderes e benefícios fitoterápicos vão bem além das aparências.
Valor nutricional
A cor vermelha e viva do tomate não serve apenas para decorar as saladas e dar sabor aos pratos quentes. O fruto é muito saudável e pode ajudar a evitar uma série de doenças, principalmente as degenerativas.
Pesquisadores descobriram, que além de ótima fonte de vitamina A e C, folato e potássio, o tomate é rico em licopeno, composto que lhe dá o tom rubro, e que possui uma poderosa ação antioxidante. "O licopeno é um carotenóide que reduz os efeitos dos radicais livres, estimulando o sistema imunológico. Dessa forma, ele age na oxidação do colesterol e também protege das alterações que provocam danos celulares e podem desencadear um processo cancerígeno", afirma Regina Stikan, nutricionista da unidade Pompéia do Hospital São Camilo.
Segundo Regina, existem formas de preparo que podem ajudar na absorção dos nutrientes. "Quando sofre processamento, o tomate apresenta maior concentração de licopeno, favorecendo seus efeitos benéficos. Assim, o extrato de tomate, as sopas, os sucos e os frutos mais maduros são mais ricos", diz.
Além disso, o licopeno é melhor absorvido quando acompanhado por gorduras saudáveis, como o azeite. "Então, siga a orientação de adicionar uma pequena dose de azeite às preparações com tomate", completa Regina.
Infelizmente, o tomate é uma das culturas que mais utiliza agrotóxicos. O ideal é evitar os frutos cultivados com uso de defensivos, já que essas substâncias anulam os benefícios da fruta. Também é muito importante que seja realizada uma higienização cuidadosa para a retirada de resíduos que ficam depositados sobre a sua casca antes de ingeri-lo. Quando o tomate é consumido cru, principalmente com casca, é fundamental lavá-lo em água corrente e deixá-lo de molho por 20 minutos em uma mistura de água potável com água sanitária (uma colher de sopa de água sanitária para cada litro de água).
Cozidos são bem melhores!
Outra característica observada pelos estudos foi que o calor aumenta a biodisponibilidade do licopeno, ou seja, esse fitoquímico é melhor absorvido pelo nosso organismo quando os tomates são cozidos. Sendo assim, capriche nos molhos e sopas de tomate.
É importante mencionar que o processo de industrialização do tomate, para a elaboração de molhos prontos, catchup e outros, não destrói o licopeno, mas fique de olho nos rótulos e escolha aqueles com menores teores de calorias e sódio.
Consumo no Brasil
Segundo o Instituto Brasileiro de geografia e estatística (IBGE), em 2007 o Brasil produziu 3.356.456 de toneladas de tomate. O maior produtor nacional é o Estado de Goiás, que no ano passado produziu 802.128 toneladas. A maior parte da producão brasileira se destina à industrialização e ao consumo in natura no próprio País. Apenas uma pequena parte é exportada aos países do Mercosul, de acordo com informações da Embrapa Hortaliças.
Na indústria o tomate é usado na produção de extratos, molhos, doces, compotas, catchups e outros. Há ainda o processo de desidratação do tomate, que acontece de forma totalmente artesanal e dura em média, de três a cinco horas. Por esse motivo, o tomate seco adquiriu status nas mesas de todo o mundo, e tem um preço mais elevado.
Época e preços
No Brasil, devido a grande variação climática, é comum encontrarmos diferentes variedades de tomates durante o ano todo. Entretanto, o auge da safra acontece nos meses de julho, setembro e novembro (segundo dados da Ceasa Campinas), o que torna os preços bem mais atrativos. A oferta da fruta segue razoável até o mês de abril.(Com informações do Copacabana Runners, Embrapa, IBGE, FGV e Hospital São Camilo)