A ExpoLondrina é um evento tradicional da cidade, que chega a sua 59º edição. Segundo os dados disponibilizados pelo evento, a festa recebeu mais de 550 mil visitantes em 2018 e movimentou mais de R$ 415 milhões em financiamentos.
Para manter a tradição, é necessário o envolvimento de muitas pessoas. A edição anterior da feira gerou 7.581 empregos, diretos e indiretos. Ana Luiza de Oliveira, de 53 anos, foi uma das colaboradoras que retomou à atividade neste ano.
Ana Luiza é de Indiaporã (norte de São Paulo), localizada a aproximadamente 489 km de Londrina, e trabalha como atendente em uma barraca de doces.
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Ela conta para o Portal Bonde sobre os desafios do seu trabalho temporário: "É bem difícil. Eu fico os dez dias aqui, durmo dentro da barraca mesmo e a gente trabalha desde cedo até a hora que termina, de madrugada".
Além da falta de estrutura e horário fixo, Oliveira explica que é comum as pessoas tentarem enganá-la com notas falsas de dinheiro. "Tenho de ficar esperta. Eu já peguei uma [nota falsa] ano passado, mas ainda bem que meu patrão não descontou de mim. Agora sei ver quando é de verdade e não caio mais nessa." De acordo com a atendente, o final do expediente também é complicado, já que muitos visitantes bebem bastante e são inconvenientes.
O sonho de Ana Luiza é ter um emprego fixo, com registro em carteira de trabalho, para não precisar mais passar por essas dificuldades. Mas, enquanto isso não acontece, a atendente continua trabalhando em feiras, como a ExpoLondrina, para ajudar o marido diabético e o neto de doze anos que dependem da sua renda.