A Rodada de Negócios teve sua 3ª edição nesta terça-feira (9) na ExpoLondrina 2019. Organizada pelo Conselho da Mulher Empresária da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e SRP (Sociedade Rural do Paraná) reuniu mulheres para divulgar suas empresas, abrangendo diversos segmentos. Neste ano, participaram 170 empreendedoras.
O evento consiste em uma dinâmica em que cada mulher tem dois minutos para apresentar sua empresa para 10 outras mulheres. Ao final do tempo de cada uma, um novo grupo é formado. A intenção é que todas as presentes se conheçam, descreve Marisol Chiesa, presidente do Conselho da Mulher Empresária da Acil. "Em um único dia, ela [empreendedora] fala do seu negócio e conhece outros negócios. Ela identifica fornecedores, identifica novos parceiros e isso é importantíssimo", explica Chiesa.
A advogada Marcia Mileski viu no evento a oportunidade de divulgar o seu escritório de advocacia e seu grupo de empresas. Ela se formou em letras e direito e expandiu seu negócio. Hoje também atua nas área jurídica, contábil e de regulamentação de produtos.
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O grande público na 3ª Rodada de Negócios reflete dados de todo Brasil. De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2016, em parceria com o Sebrae, a taxa de empreendedorismo feminino de empresas com até três anos e meio de existência ficou em 15,4%, comparado aos 12,6% entre os homens. Hoje em dia, existem cerca de 8 milhões de empresárias no país.
A motivação para a criação do próprio negócio pode surgir até de experiências afetivas. Erika Regiani, formada em pedagogia e presidente de uma empresa que oferece cursos online para formação de professores da educação infantil, comenta que a ideia veio após uma professora ser a única pessoa que presenciou a primeira palavra do seu filho. "Eu entendi que a educação infantil é uma área muito importante e que eu via ela muito desvalorizada. Como profissional da educação que eu era, despertou a vontade em mim de fazer alguma coisa por esse público", conta Regiani.
Além de questões criativas e burocráticas, a mulher enfrenta ainda o machismo no mercado de trabalho. A desvalorização do seu trabalho é recorrente no país. Pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2017, mostra que a renda média de mulheres no Brasil era de R$ 1.798,72, enquanto a de homens era de R$ 2.578,15.
Embora os dados sejam alarmantes, Regiani demonstra uma visão otimista para o futuro. "Pensando profissionalmente e em oportunidades, eu vejo que o mercado está caminhando para grandes rupturas e que a mulherada está conseguindo alcançar o seu espaço e mostrar o que vieram. E a força da mulher está refletida nesse evento", diz.
*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.