Preço acessível, prazos estendidos e entrada zero deixaram de ser os primeiros requisitos para o consumidor do mercado automobilístico. É claro que oferecer melhores condições e aliviar o impacto no bolso não deixam de ser grandes cartadas na hora de fechar o negócio. Porém, o perfil do cliente mudou e as montadoras tiveram que se adaptar para manter o mesmo ritmo de vendas.
A cobrança por mais tecnologia, modernidade e design se tornou característica marcante do consumidor que reside no Sul do Brasil. De acordo com o diretor de vendas da região, da GM do País, Hermann Mahnke, o sulista é "maduro" quando o assunto é adquirir um veículo. "Esse cliente já está no mercado há mais tempo e sabe muito sobre o setor, tem mais contato com tecnologia e o produto. Ele não se satisfaz com pouca coisa, mas com o que acha aceitável, moderno e tecnológico", destaca. Ainda segundo ele, a exigência é benéfica porque contribui para delinear futuras estratégias na criação de produtos.
Em Londrina, as picapes são os veículos mais procurados nas concessionárias. Do total do volume anual de vendas, 40% são de caminhonetes. "A performance através de um motor de 200 cv e transmissão automática de seis velocidades é grande foco do nosso produto", completa Manhke. Nos estandes instalados na ExpoLondrina, as vendas já superaram as expectativas. "Temos negociado uma média de 12 a 13 carros por dia", afirma Vilson Basseti, diretor comercial da Metronorte.
Protótipo
Outra atração da Expô é o protótipo que foi utilizado como inspiração para os designers na criação de peças, rodas e acessórios do novo modelo da S10. Londrina é o primeiro lugar do Brasil a receber o veículo. "Trouxemos pela importância da exposição em si. Até então, só havíamos levado ao Salão do Automóvel em Buenos Aires", revela o diretor de vendas da GM.