A PMPR (Polícia Militar do Paraná) e o MPPR (Ministério Público do Paraná) emitiram nota conjunta nesta segunda-feira (13) sobre medidas e próximos passos após o quebra-quebra provocado nos minutos finais da disputa entre Coritiba e Cruzeiro, nos gramados da Vila Capanema, em Curitiba, no sábado (11), pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Entre as principais medidas estão a suspensão do laudo de segurança do para a utilização do Estádio Durival Britto e Silva e a proibição do uso de vestimentas que identifiquem torcidas organizadas, além de apuração de responsabilidades tanto pelo MPPR (Ministério Público do Paraná) quanto pelo órgão análogo de Minas Gerais.
A confusão ocorreu quando Robson marcou o gol do Coritiba aos 45 minutos do segundo tempo. A torcida do Cruzeiro invadiu o gramado, sendo seguida pelos torcedores do Coxa. Os atletas desceram para o vestiário e o quebra-quebra só terminou após a Polícia Militar entrar em campo. A arbitragem esperou quase meia hora e deu continuidade à partida, que terminou em 1 a 0 para o time da casa.
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Interdição e medidas cautelares
A PMPR, em conjunto com o MPPR, emitiu medidas administrativas e cautelares em resposta aos acontecimentos. A torcida organizada Império, vinculada ao Coritiba, está agora proibida, por determinação administrativa, de adentrar estádios no Paraná portando vestimentas identificativas e itens como mastros e baterias, seguindo as diretrizes da Lei Geral do Esporte. No caso da torcida organizada do Cruzeiro, as ocorrências estão sendo encaminhadas para providências do Ministério Público do Estado de Minas Gerais.
Além disso, por medida cautelar, a PMPR suspendeu imediatamente o laudo de segurança para a utilização do Estádio Durival Britto e Silva. A decisão de suspender esse laudo foi tomada não apenas devido aos danos estruturais causados durante os incidentes, mas também devido à descoberta de uma bomba caseira no local, o que levou à intervenção do esquadrão antibombas da PMPR.
Investigação e inquérito civil
O MPPR instaurou um inquérito civil para apurar responsabilidades em relação à torcida Império e ao Coritiba. Em julho deste ano, o MPPR já havia decidido pelo afastamento da Império dos jogos por três meses devido a situações de violência anteriores. Agora, considerando os novos eventos, a questão está sendo encaminhada para análise judicial, podendo resultar no afastamento da organizada dos estádios por até 5 anos, conforme estabelecido pela Lei Geral do Esporte.
Representantes da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe) da Polícia Civil estão colaborando na investigação, concentrando-se na identificação dos envolvidos nos confrontos para a responsabilização individual de cada um.