O principal estádio municipal de São Paulo, o Pacaembu, deve ter uma inauguração apenas parcial disponível para a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior. O jogo de estreia do novo campo, após uma reforma de quase quatro anos, ainda não foi confirmado pois depende de alvarás da prefeitura e da decisão formal da Federação Paulista de Futebol.
A Allegra Pacaembu, concessionária que administra o estádio, afirma que até o dia 25 de janeiro deve finalizar o campo e a arquibancada norte, que contorna quase todo o campo. O espaço que fica no lugar do antigo tobogã -demolido há mais três anos- ainda estará fechado, assim como outros espaços do complexo esportivo.
"A reinauguração do Complexo se dará em fases a partir de janeiro de 2024, no dia 25 o campo estará preparado para receber a final da Copa São Paulo. No entanto, a realização do jogo depende da decisão da Federação Paulista de Futebol, em função do desejo das equipes finalistas em jogarem no Pacaembu", informou a Allegra. "Além de ser necessária, claro, a liberação dos alvarás de funcionamento por parte do Poder Público."
A arquibancada norte terá capacidade para 10.412 torcedores, segundo a empresa. Há a previsão de eventos após da inauguração parcial, com abertura de novos espaços ao longo do ano.
Nos últimos meses, o presidente da Federação Paulista de Futebol têm confirmado a intenção de realizar a final no Pacaembu, o que havia se tornado uma tradição. O costume foi quebrado no ano passado devido às obras --em 2021, não houve torneio por causa da pandemia de Covid-19.
As obras no estádio têm custo estimado em R$ 400 milhões. Na arquitetura, a principal mudança é a substituição do tobogã por um prédio de nove andares (quatro subterrâneos e cinco acima do solo) onde haverá um hotel, restaurantes, lojas e escritórios. Haverá uma passarela aberta a pedestres ligando as ruas Desembargador Paulo Passaláqua e Itápolis.
Há cerca de dois, a concessionária também pede a inclusão da praça Charles Miller, que fica em frente ao estádio, no contrato com a prefeitura. A empresa tem um projeto para instalar no local uma piscina de ondas, cinco quadras esportivas, uma pista de skate, piscina infantil e brinquedos, mantendo o local aberto ao público. Como mostrou a Folha, a decisão da gestão municipal de negar oficialmente o pedido já está praticamente pronta.