Sebastian Vettel teve outro final de semana para esquecer na temporada 2020, agora no GP da Rússia. Sem confiança no carro e tendo de arriscar para buscar uma vaga entre os 10 primeiros do grid, o alemão errou e bateu forte na classificação. E, na corrida, ele se viu travado atrás de carros mais lentos e destruiu seus pneus.
"Foi uma corrida meio chata. Minha primeira volta não foi muito boa e não consegui beneficiar-me dos acidentes dos outros, e fiquei travado. Não conseguia ultrapassar, estava realmente com muita dificuldade. Acho que isso teria mudado a corrida, mas não consegui, então não é bom o bastante."
Vettel largou em 14º e terminou em 13º, enquanto seu companheiro, Charles Leclerc, largou em 10º e chegou em 6º. E isso tem sido frequente: Vettel tem menos de um terço dos pontos de Leclerc no ano e é apenas 13º no campeonato de construtores. Nem mesmo quando estava na Toro Rosso, em 2008, Vettel teve um ano tão ruim.
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Mas nada disso assusta quem acabou de contratar Vettel. Andrew Green, diretor-técnico da Racing Point, que passará a se chamar Aston Martin ano que vem e contará com o tetracampeão, reconheceu que ele não passa por uma boa fase, mas não poderia estar indo para uma equipe melhor.
"Podemos ajudar Seb. Não acho que ele está vivendo um grande momento mentalmente. Ele perdeu um pouco o encanto. E nós somos a melhor equipe para cuidar dos pilotos e levá-los de volta seu melhor desempenho. Então acho que realmente podemos ajudá-lo", afirmou.
"Focamos muito no piloto. Passamos muito tempo entendendo nossos pilotos e como trabalhar com eles. Nós formamos uma relação muito forte com nossos pilotos e isso os ajuda a sentir-se confiantes e a não se preocupar que alguma coisa está acontecendo por suas costas. E isso permite a eles focarem a pilotar o carro. E acho que podemos trazer Seb de volta a isso."
Green também acredita que Vettel vai poder aportar muito ao novo projeto da Aston Martin. A atual Racing Point é a antiga Force India, e funciona na mesma estrutura formada por Eddie Jordan no início dos anos 1990. Ou seja, sempre foi um time de meio de pelotão. Porém, agora que conta com uma grande marca por trás e o investimento do bilionário Lawrence Stroll, será importante ter como piloto alguém que conhece o caminho da vitória.
"Ele foi campeão várias vezes e vai trazer uma metodologia de trabalho que nunca vimos antes. E é isso que queremos: alguém que tenha estado nesta situação [de vencer] e que possa nos mostrar o que é preciso para começar a vencer corridas e a vencer campeonatos", disse Green, que destacou também a ousadia da jogada de Stroll ao trazer o piloto alemão.
"Acredito que ele vá trazer uma dinâmica completamente nova para a equipe. A chegada dele foi uma demonstração de Lawrence de aonde ele quer levar o time, o que ele quer fazer com o time. É uma demonstração e tanto."